Amesterdão em 48h
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48 horas em Amesterdão com a família: o que ver, onde comer, onde ficar

Nesta altura do ano, há pouca margem para escapadinhas a dois. As crianças entram de férias e gostam tanto como nós de ir à descoberta do mundo. E porque não Amesterdão?

Escolhemos Amesterdão para um passeio a cinco, durante quatro dias, mas, se 48 horas é tudo o que tens, garanto que é tempo suficiente para dar a volta a esta capital europeia. Uma cidade maravilhosa, com prédios que não arranham os céus, ruas quase iguais umas às outras e, claro, o rio que faz todas as vistas serem melhores. As casas têm portadas perfeitas e há floreiras em todas as portas, já para não falar dos terraços que se envolvem em verde.

Para onde quer que se olhe, parece uma cidade desenhada a rigor.

Onde ficar

As opções de hotel com filhos ficam sempre mais caras, mas, se planeares a viagem com antecedência, encontram-se boas oportunidades. Infelizmente, com antecedência ou não, ter três crianças num hotel já não dá, porque implica pelo menos dois quartos. Os aparthotéis são a melhor opção porque têm mais espaço para todos e ainda há a possibilidade de fazer refeições em casa.

Ficamos no ID Aparthotel. Ainda que não seja muito central, tem todas as comodidades que desejamos. O apartamento é espaçoso e moderno e, no lobby, há uma sala de jogos que é perfeita para os finais de dia em família.

Tem comboio à porta, mas se optarem pela minha proposta nem disso vão precisar.

Como passear

Em Roma, sê romano… por isso a primeira coisa a fazer é alugar bicicletas para todos.

Existem imensas opções de renting na cidade. Os preços vão variando de loja para loja, mas foi-nos logo dito no Aparthotel para não aceitarmos nada acima dos 15€ por dia (adulto). O segundo dia já fica mais barato e assim sucessivamente. O seguro é importantíssimo para quem nunca pedalou nesta cidade, porque o trânsito de bicicletas é intenso e, confesso, que também é louco. As bicicletas têm sempre prioridade, mesmo perante os peões, que só atravessam sem preocupações quando há semáforos. Preparem as crianças para buzinar e seguir em frente para não provocar desastres em cadeia. Uma coisa é certa, não há uma única estrada sem ciclovia e é tudo plano!

Há opções com cadeiras à parte para transporte de crianças e também há as chamadas caixas cargo, onde cabem pelo menos 2 crianças.

Bicicleta é definitivamente a melhor forma de conhecer toda a cidade e melhora a experiência.

Onde comer

Se forem como eu, não me agrada perder tempo em restaurantes na hora de almoço, muito menos com miúdos. Há supermercados espalhados por toda a cidade e já estão preparados para os turistas. Têm imensas opções grab & go. Com bom tempo, nada melhor que estender a toalha de piquenique nos imensos jardins e por ali ficar.

Não posso recomendar um único restaurante, porque optámos por jantar no apartamento. Quando o final do dia chega, já estamos todos cansados e sabe bem deixar os aparelhos eletrónicos fazerem a magia deles por uma hora.

Antes de recolher, ainda é possível aproveitar os matraquilhos e snooker.

O que visitar

Há claramente duas opções: ver a cidade toda sem passar por museus; ou ver parte da cidade com alguns museus. Porque não é possível o bom dos dois mundos nesta cidade, em apenas 48 horas. A idade das crianças também vai ajudar a decidir o programa.

Aconselho a não perder o passeio de barco, com imensas opções de diferentes empresas, que contam um pouco da história de Amesterdão. Os auriculares são obrigatórios para todos e estão incluídos no passeio. A partir dos 2 anos, todas as crianças pagam meio bilhete, os preços variam muito, mas também aqui o limite não deve ultrapassar os 15 euros por adulto (não compensa comprar nos hotéis, nem operadores). A perspetiva da cidade vista do rio é merecedora deste passeio de uma hora que não desilude, pois percorre os canais principais.

Os barcos casa não passam despercebidos. Há grandes, pequenos e enormes. Só existem 2 mil licenças para estas casas no rio e é um mercado muito competitivo. Há muitas destas casas em short renting, mas os preços são bem mais altos.

Quanto aos museus, a reserva tem mesmo de ser feita com antecedência porque é raríssimo conseguir uma vaga para o dia. De qualquer forma, como não há bilheteira e é tudo feito pelos sites de cada museu, se a viagem está planeada, nada como comprar os bilhetes antes de ir. Para quase todos os museus, as crianças não pagam até aos 12 anos. Os preços de adulto estão disponíveis online.

No nosso caso, com crianças de 6, 9, e 10 anos, Van Gohg e a Casa Anne Frank foram a opção. Pelo menos os mais velhos aproveitaram e perceberam a história. Vale mesmo a pena.

Os campos de flores só estão abertos pouco mais de um mês por ano. Não deu para visitar. Ficam a uma hora do centro. É preciso planear com antecedência.

Para um petisco de fim do dia, na cidade da cerveja, vale a pena parar no De Gooyer. Uma experiência de cervejas artesanais com uns petiscos que combinam na perfeição. Mesas corridas, ótima decoração e uma grande vibe.

De resto, é aproveitar a bicicleta para passar por todos estes lugares, em especial, na Sinagoga Portuguesa, no Memorial ao Holocausto e no Museu Marítimo.

Amesterdão à noite tem uma iluminação que merece o passeio. Desta vez, não foi possível porque só anoitece às 23h00 e já não tínhamos filhos acordados. A coleção de fotografias também não é a melhor, afinal as duas mãos no guiador são aconselháveis. Mas as memórias estão guardadas de qualquer forma.

MUST GO.

Nota: não vale muito a pena levantar dinheiro. Praticamente tudo é pago com cartão bancário em modo self service.

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