Já ouvimos falar nos termos “sideboob”, “innerboob” e “underboob” para definir tendências que marcaram os últimos tempos, restava-nos esperar por um novo conceito. Mas antes mesmo de lá chegarmos, se precisarem de sugestões para nomear o movimento que se segue, damos o corpo ao manifesto: “Free The Boob”!
O decote há muito deixou de ser discreto, não apenas para ditar tendências na indústria da moda, mas também como forma de contrariar a objetivação sexual da mulher e protestar contra a desigualdade de género. E não é preciso irmos às ruas para assistir a manifestações feministas ou protestos de minorias que nos mostram o poder da mama de uma mulher, já que nas redes sociais também encontramos movimentos nesse sentido, como é o caso do “free the nipple”, uma clara proposta de libertação que chegou ao mundo virtual: afinal, é só uma mama.
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E talvez seja esta evolução dos tempos que nos leva a um novo conceito no mundo da moda. Começámos por ver manequins, atrizes e influencers a mostrarem estrategicamente o peito e, rapidamente, vimos réplicas desses visuais nas ruas, sem medos de represálias ou de julgamentos. Agora, vamos mais longe e trazemos para dentro e fora das paserrelles o conceito "Circumboob".
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Se antes era preciso uma certa coragem para “deixar pouco à imaginação”, agora até precisamos de uma outra frase para retratar a nova tendência. É que, para aderir à "circumboob", tudo fica à mostra, menos o mamilo. Ainda que tenhamos visto esta tendência a desfilar nos grandes eventos de moda, a imprensa internacional firma este conceito com Gabrielle Epstein. De qualquer forma, a certeza é de que esta estética não tarda a chegar ao guarda-roupa das Kim’s Kardashians e outras influencers que tais, até o ciclo se repetir e esta vir a ser só mais uma proposta banal.
E, sim, talvez ainda estejamos a analisar a coisa de forma superficial, por isso, assim como prometido, vamos então falar de economia?
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Lembram-se de quando Leonard Laudér, um dos maiores herdeiros da marca Estée Lauder, lançou a teoria “Lispstick Effect” (efeito batom, na tradução) para explicar a subida da venda de batons durante uma crise económica? A ideia de uma recessão não afetar o mercado de cosméticos como seria de prever é estranha, mas há quem explique que cenários adversos são propensos à procura por produtos que sirvam de boost à autoestima. E esta é apenas uma das muitas teorias que traçam uma correlação entre o poder de compra de uma mulher ao seu estado de espírito. Mas voltemos a falar de mamas.
Uma cronista do The Guardian, lembrou a tese de Laudér e associou-a à tendência “Circumboob” precisamente por questões económicas. Na crise que atravessamos com uma inflação histórica, será que o aumento do decote é a afirmação de uma mulher mais confiante? Se sim, é o "circumboob" um novo indicador do estado da economia?
Teorias à parte, vamos só aguardar mais uns tempos até alguém se lembrar de fazer uma análise do mercado financeiro... com um decote em vista.
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