Dino D'Santiago celebra 10 anos do primeiro álbum com dois concertos

    2023-10-16 Lusa

A celebração dos dez anos de EVA, de Dino D'Santiago está marcada para 24 de novembro no Tivoli, em Lisboa, e 6 de dezembro na Casa da Música, no Porto.

O cantor Dino D’Santiago vai celebrar dez anos de EVA, o primeiro álbum que editou a solo, com dois espetáculos, em novembro em Lisboa e em dezembro no Porto, nos quais o irá tocar na íntegra.

A celebração dos dez anos de EVA está marcada para 24 de novembro no Tivoli, em Lisboa, e 6 de dezembro na Casa da Música, no Porto, de acordo com a agência de música e comunicação Arruada, num comunicado hoje divulgado.

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Dino D’Santiago garante que serão “duas noites únicas e especiais”, em que irá celebrar o álbum “com um olhar sobre o passado, presente e futuro” do artista.

EVA será apresentado na íntegra, com o músico a dar “novas roupagens” a temas como “Nos Tradison”, “Pensa na Oji”, “Ka bu Txora” e “Djonsinho Cabral”, um original dos Tubarões.

Nos dois espetáculos, será exibida, em estreia, a curta-metragem documental Eva, onti y oji, de Chris Costa, que “vai transportar o público para os locais e pessoas que inspiraram a criação do álbum, em 2013”.

A Arruada recorda que EVA é um álbum dedicado à sobrinha Eva de Dino D’Santiago, que é a personagem principal da curta-metragem.

Antes de EVA, em 2008, Dino D’Santiago tinha editado “Eu e os meus”, mas enquanto Dino and The Soul Motion.

Já como Dino D’Santiago, o cantor editou Mundu Nôbu (2018), Kriola (2020) e Badiu (2021).

Em Badiu, Dino D’Santiago enaltece, mais do que nunca, o ‘batuku’ e o funaná, sons de Cabo Verde “que resistiram à opressão”, tal como os ‘badius’, símbolo de resistência e resiliência, que homenageia com este trabalho.

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Essas pessoas, explicou em entrevista à Lusa em 2021, são as que foram levadas dos territórios onde se situam hoje a Gâmbia e o Senegal e, posteriormente, da Guiné-Bissau para a Ilha de Santiago, em Cabo Verde, escravizadas pelos portugueses.

Os ‘badius’ foram quem “conseguiu manter a tradição dos ritmos que saíram diretamente de África e não se aculturaram tanto como os que ficaram reféns e foram depois vendidos para outros países, outros mercados”.

‘Badiu’ era um termo depreciativo, mas acabou por se tornar “um símbolo de resistência”.

Nas 12 canções que compõem o álbum, Dino D’Santiago aborda temas como “o aquecimento global, as guerras, as fugas dos refugiados, as mortes dos mares”.

Em Badiu, além de produtores como Branko, Toty Sa'Med, Tristany, Sirscrach ou Valete, contou também com participações vocais de Slow J, Lido Pimenta, Rincon Sapiência e Nayela.

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