Beber champanhe pode ser uma arte e para a Maison Ruinart é a "art de vivre"

Uma coisa é champanhe, outra é Ruinart. É a mais antiga casa de champanhe, que desde 1729 celebra a vida e a arte e adapta-se a novos desafios.

Portugal é um país de vinho, tinto de preferência, e não tanto de champanhe. Deixamo-lo para momentos especiais, como celebrações de aniversário, casamento ou passagem de ano, e ainda há quem confunda champanhe com espumante, sendo o primeiro exclusivo da região de Champagne.

Mas serão poucos os portugueses que não reconhecem de imediato um champanhe da Maison Ruinart, não fosse ela a mais antiga casa de champanhe, fundada em 1729. Passaram-se séculos e a marca ainda borbulha tanto quanto o que reserva em cada garrafa gorda e icónica e é também desde o primeiro dia que está ligada à arte. À arte de beber champanhe e de fazer também do champanhe uma arte através da ligação a artistas. 

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O primeiro a colaborar com a Maison foi Alfons Mucha e desde então somam-se outros, incluindo os seis artistas de diferentes países que acabam de integrar o projeto 'Carte Blanche', que promove a cultura e apoia artistas, este ano intitulado 'Conversas com a Natureza' e que foi apresentado na sétima edição da ARCOlisboa, realizada em abril. 

Em 2024 a centenária Maison surge com novas obras e com nova identidade visual, mas levará para sempre a missão de mostrar que champanhe é a celebração por si só e não é preciso um motivo para o servir.

Em entrevista à VERSA, Inês Machado, directora de marketing e comunicação Empor Spirits e representante da Maison Ruinart em Portugal, faz uma reflexão sobre o passado, o presente e o futuro da Maison. 

Qual é a arte da Ruinart?

A casa mais antiga de champagne baseia-se na art de vivre [arte de viver], conceito que remonta à época em que foi fundada, na corte do rei D. Luis XV. É a combinação de uma alquimia equilibrada entre a perícia do vinho e o carácter exclusivo veiculado através da arte. Acreditamos no poder da arte para transformar, conectar e iluminar. A Ruinart confia no poder da arte e dos artistas não apenas para enriquecer o nosso conhecimento sobre os ecossistemas do mundo e os seus actores, mas também para tocar sentimentos e emoções. Juntamente com os artistas, reconectamos as pessoas à natureza, ao nosso ambiente, aos outros, mas também a nós próprios. A singularidade da Maison Ruinart é reflectida obviamente nos seus champanhes, resultado da inspiração visionária dos seus líderes e de um inegável savoir-fair [perícia] que permite obter toda a frescura aromática da exigente casta Chardonnay.

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Por que razão a Maison está ligada ao mundo da arte desde a sua criação?

A primeira colaboração artística aconteceu há 120 anos, com uma obra icónica comissionada ao artista Alfons Mucha em 1896, obra essa que foi o primeiro anúncio de champagne e se tornou um símbolo de Art Noveau. Desde então, a missão da Maison Ruinart é ativar três papeis distintos através da Arte: Compreender a natureza e os seus agentes, permitindo iluminar outros; Conectar, já que uma compreensão mais profunda cria as condições para a interconectividade no mundo; e, por fim, Elevar, porque um mundo mais interconectado é mais gentil, encantador e agradável.

Esta interação cultural da Maison materializa-se anualmente no projecto 'Carte Blanche' e passou por uma fase de colaboração com designers (2008 – 2013), como Marteen Baas, Nendo, Piet Hein Eek, evoluindo para uma fase de colaboração com artistas (2014 - 2021), como Erwin Olaf, Liu Bolin, Vik Muniz ou David Shringley, para se rever atualmente como um agente cultural desde 2022, ano em que ativamente esculpiu a cultura com o artista Jeppe Hein. Paralelamente, a Ruinart desenvolve uma série de outros projectos dentro do universo artístico, sempre visando a inovação, sustentabilidade e proporcionando visibilidade a talentos emergentes, ao encorajar o desenvolvimento artístico local com significado.

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O que expressa a nova identidade visual da Ruinart?

O mote deste ano da Carte Blanche é 'Conversas com a Natureza', fio condutor da própria identidade da Maison, que expressa a harmonia com o mundo natural. Os ingredientes naturais são nutridos através de um processo delicado, de elaboração artesanal. O savoir-faire é transmitido de geração em geração, mas olhando sempre para o futuro, através da investigação e da inovação. A identidade visual da Ruinart, materializada na execução da ARCO Lisboa ‘24, traz as linhas orgânicas aliadas a materiais essenciais que a natureza nos fornece na sua simplicidade elegante.

O novo mote 'Conversas com a Natureza' é um sinal de que a região de Champagne corre riscos? Podemos vir a ter menos quantidade ou qualidade de champanhe?

Num mundo altamente esgotado, o papel da Ruinart é garantir a sustentabilidade dos seus ingredientes naturais para as gerações vindouras, sendo que a tríade que contribui para a elaboração do champagne (homem, terroir, clima) só pode ser protegido e controlado até certo ponto. Nos últimos anos, a região de Champagne tem-se deparado com condições climatéricas substancialmente diferentes e, em alguns anos, têm alterado a quantidade e qualidade de produção de uvas, provocando maior escassez e exigindo às equipas de enologia abordagens de diferentes paradigmas.

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Depende da ação colectiva da humanidade minimizar o mais possível as alterações climáticas e a Ruinart assume como um dos seus pilares ações concretas de responsabilidade social para esse efeito, podendo nomear o projecto 'Second Skin' como uma ação pioneira na indústria, que permitiu reduzir cerca de 60% a pegada carbónica através do desenvolvimento de um novo packaging nove vezes mais leve que o anterior aliado a uma politica zero-airplane.

O que podemos esperar das obras criadas pelos artistas no âmbito deste projeto?

O projecto ‘Carte Blanche’ reforça a esfera da Maison Ruinart em ser verdadeiramente um agente cultural. “Como a mais antiga casa de champagne, a Ruinart cultiva um vínculo íntimo com a terra e a natureza há quase 300 anos. Temos a responsabilidade de melhor compreendê-lo e preservá-lo. As nossas cuvées são fruto dessa relação”, nas palavras do Presidente da Maison, Frédéric Dufour.

Este ano, o projecto ‘Carte Blanche’ oferece pela primeira vez uma visão colectiva impulsionada por seis artistas com uma forte ligação à natureza. Originários dos cinco continentes, os artistas convidados personificam a arte contemporânea, mas também diferentes formas de como as questões ambientais são percebidas em todo o mundo. Todos eles se focam na relação entre o homem e a natureza através do seu prisma único. Andrea Bowers combina arte e activismo; Thijs Biersteker baseia o seu trabalho em dados científicos; Marcus Coates cria novas relações com um mundo “mais que humano”; Pascale Marthine Tayou traz a beleza onde menos se espera; Henrique Oliveira e as suas esculturas espetaculares trazem plantas e outros elementos orgânicos juntos; enquanto Tomoko Sauvage é apaixonada por bolhas – desde a forma como elas se formam até sua aparência transparente.

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Ao longo de 2024, a visão e a inspiração dos seis artistas convidados serão reveladas em feiras de arte em todo o mundo, com as quais a Maison Ruinart colabora anualmente. Para limitar a pegada de carbono, as obras serão expostas localmente nas feiras mais próximas do local de trabalho de cada artista. Em outubro de 2024, as obras serão recebidas e unidas pela Ruinart na inauguração do Pavillon Nicolas Ruinart, no coração do novo Jardim dos Artistas em Reims. Os visitantes vivenciarão um encontro único entre artesanato, arte, história e natureza. Com ‘Conversas com a Natureza’, a Ruinart dá vida a uma forma de arte comprometida com a natureza e movida por uma infinidade de talentos.

3 sugestões para desfrutar de champanhe sem ser em casamentos ou passagem de ano

Os champanhes Ruinart são símbolo de eternidade, elegância e requinte. Devido à sua inconfundível “frescura aromática”, muito graças ao facto de ter uma gama focada no Chardonnay, combina com um número ilimitado de ocasiões, atuando como uma elevação do momento per si. Posso sugerir com base nos três champagnes non-vintage permanentes da gama Ruinart diferentes momentos e combinações que se enquadram perfeitamente na nossa vida diária:

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– 'R' de Ruinart: a primeira expressão do perfil Ruinart é um vinho fresco e redondo que combina lindamente com uma cozinha simples e autêntica, baseada em produtos crus, sendo ideal para aperitivo ou entradas, como vieiras à la plancha, pastelaria com legumes da época e queijo de cabra ou queijo brie com mel e amêndoas.

– A cuvée icónica da Maison, o Ruinart Blanc de Blancs, é um 100% Chardonnay Premier Cru. A epítome da 'Frescura Aromática' e da elegância. Esta emblemática cuvée Ruinart combina com uma cozinha fresca e requintada, sendo perfeita para um brunch. Ficam aqui duas sugestões de pairing: torrada de abacate, coentros, raspas de limão e pimenta espelette acompanhada de carpaccio de robalo com frutas cítricas e legumes crocantes.

– Ruinart Rosé é um vinho rosé muito redondo e de estrutura leve, muitíssimo subtil. A sua harmonia surpreende em diversas ocasiões, sendo um champagne muito gastronómico que combina com todos os momentos da refeição, desde a entrada à sobremesa. Deixo aqui três opções para uma experiência extraordinária: entrada de salmon gravlax com beterraba e endro; prato principal beef tataki com avelãs; sobremesa de sopa de frutos vermelhos, hibiscos e folhas de menta.

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Como harmonizar, servir ou beber champanhe corretamente

As boas práticas para se desfrutar de um champagne Ruinart em todo o seu esplendor resumem-se a garantir que a temperatura aconselhada está a ser cumprida (8ºC - 10ºC non-vintage; 10ºC - 12ºC vintages), que o copo é o correcto para o tipo de champanhe, e que se estuda previamente o perfil do champagne que se irá harmonizar, para garantir que não se escolhem pratos ou ingredientes que ocultem o perfil elegante e refinado do mesmo.

Que prémios é que a Ruinart ainda deseja alcançar?

O tipo de reconhecimento que procuramos não se traduz em prémios. O compromisso da Maison Ruinart com a preservação da natureza e do savoir-faire tem raízes históricas, já que desde a sua fundação, em 1729, a Ruinart sempre considerou o terroir e o saber ancestral como base dos seus vinhos excepcionais. Em resposta aos desafios ambientais globais, a Maison Ruinart assumiu fortes compromissos para realizar inúmeras transformações que visam ter um impacto positivo no mundo, desde restaurar a biodiversidade, a repensar uma produção mais sustentável, a inovar no packaging, e, obviamente, a aumentar a consciencialização da sociedade através da arte.

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Teremos novos champanhes Ruinart em breve?

A única inovação que a Maison lançou recentemente, de carácter muito exclusivo e limitado, é o Ruinart Blanc Singulier 2019. A casta Chardonnay revela agora texturas pronunciadas e perfis mais aromáticos, mais frutados e picantes, à medida que as temperaturas na região de Champagne mudam e o amadurecimento acelera. Este ano, o enólogo Frédéric Panaïotis e sua equipa revelaram o novo cuvée 100% chardonnay Ruinart Blanc Singulier para explorar essas expressões aromáticas únicas, preservando ao mesmo tempo a frescura aromática, tão característica da Maison. Esta cuvée personifica a capacidade da Ruinart de adaptar o seu know-how a um ambiente natural impactado pelas alterações climáticas. Infelizmente, ainda não existe previsão de quando esta nova cuvée estará disponível para uma série de mercados, incluindo Portugal.

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