6 mitos sobre modelos que descobrimos na ModaLisboa (só um é verdade)

A modelo Carla Pereira largou a passerelle uns minutos para clarificar algumas ideias que existem à volta da vida dos modelos. Será mesmo uma vida "à base de saladas e drogas"?

Na ModaLisboa foram vários os modelos que pisaram a passerelle a passos mais ou menos apressados, com ou sem o desafio de um salto e sempre com confiança. A carreira assim o exige, no entanto, é de alguma forma incompreendida. Afinal, o que faz um modelo além de desfilar? E limita-se sempre a saladas?

São questões de que raramente se falam, por isso pedimos a Carla Pereira, modelo com 22 anos, para nos ajudar a desmistificar algumas ideias. 

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A modelo portuguesa da Karacter Agency, que esteve algum tempo a trabalhar lá fora e entretanto voltou para Portugal, deu corpo na ModaLisboa às coleções apresentadas pelos designers Luís Carvalho, Carlos Gil, Nuno Baltazar e Gonçalo Peixoto, e à VERSA conta a vida nos bastidores do mundo da moda.  

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1. Os modelos não comem pizza  

Mito.  

“É completamente um estereótipo. Claro que temos mais atenção à alimentação, somos mais específicos. Sabemos que há alturas em que temos de equilibrar, com mais vegetais e diversos nutrientes. Mas não me vou privar de comer uma pizza, um hambúrguer, um chocolate, desde que haja um equilíbrio", diz.  

“Não nos podemos privar de nada, porque no final do dia queremos estar felizes com o que estamos a fazer e com o nosso corpo. Isso é o mais importante”.  

2. Modelos só trabalham nos desfiles  

Mito.  

“Por norma, quando não estamos a desfilar, estamos a fazer, por exemplo, uma sessão fotográfica para uma marca, para campanhas, lookbooks, e-comerce, catálogos, ou de certa forma a prepararmo-nos para esses trabalhos”.  

3. Treinam a postura com livros na cabeça 

Depende.  

“Não sei como é que as outras pessoas trabalham, mas comigo não. Quem me ensinou a desfilar foi uma modelo, a Mariane Bittencourt. Depois tive uma professora de desfile que me deu dicas, técnicas e me pôs a andar direito, a saber como ter os braços, os ombros e os sapatos. E pronto, a partir dai fui adaptando as técnicas à minha personalidade e a determinadas peças de roupa”. 

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Contudo, parece que em agências de modelos, como a ACE Models, uma das maiores na Grécia, o exercício com livros acontece mesmo.  

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4. Os modelos não são cultos ou não se interessam pelos estudos 

Mito.  

“Acho que tudo passa por termos um bocadinho de cultura. Não digo que temos de ter um determinado ensino ou ir para o superior, mas acho que é como tudo na vida. Não precisamos sempre de ir para a universidade, mas é bom ter um bocadinho de cultura. E vamos aprendendo nas experiências a que somos expostos”, refere a modelo que ainda ambiciona formar-se na área de Psicologia, Sociologia ou Ciências Sociais, revela-nos.  

5. Modelos não podem fazer cortes radicais de cabelo 

Verdade. 

“Temos de comunicar à nossa agência, tendo em conta que eles são o nosso ‘meio de transporte’ para o cliente. Há sempre um balanço entre o que ele acha que é correto para a nossa carreira e aquilo com que nos sentimos bem. Não posso acordar e decidir 'vou rapar o cabelo'", explica Carla Pereira. “Tudo depende da marca, das agências, do país, da indústria, de nós, do que gostamos. Há muitas condições que têm de ser alcançadas antes de tomar uma decisão”. 

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6. Os modelos vivem rodeados de drogas  

Mito.  

“Há uma ideia de que é só um mundo de drogas e bebidas. Não é nada disso. Há sempre quem o faça em todas as áreas, mas em geral atribui-se muito essa ideia a nós, quando não é verdade. Somos bons meninos (a maioria das vezes)”, remata Carla Pereira em jeito de brincadeira.  

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