Já sabemos que o mundo se divide entre o artifício e o natural – e a beleza também. Se, por um lado, tem imensa piada modelar o rosto com produtos que favorecem os seus contornos ou aplicar camadas que nos transformam em bonecas ou personagens diferentes; por outro, não existe nada mais reconfortante do que sentirmo-nos bem na nossa pele e a cosmética servir a nossa beleza e não o contrário.
A beleza natural é cada vez mais valorizada, e não é só nos feeds de Instagram onde as estrelas de cinema se exibem sem maquilhagem nem medo da sua verdade. Não nos identificamos com a cultura da cara lavada, “discreta e asseadinha”, como se dizia por cá durante a ditadura, mas com uma certa frescura que deixa a pele, e a personalidade, respirar.
O sonho é uma maquilhagem tão mágica que parece não existir. E em produtos que exigem o menor esforço com o máximo resultado, para os dias acelerados de hoje. É essa a máxima e o segredo das mulheres francesas, habituadas a séculos de cultura estética, das camadas de vestidos palacianos de Versailles, aos jeans e t-shirt que enchem as esplanadas de Paris, mas que só elas sabem usar com aquele abandono.
A saber tudo isto, a Hermès lança Plein Air num claro elogio à beleza natural. Trata-se de uma linha de produtos dedicados à tez que procuram elevar a beleza de quem os usa, sem nunca camuflar. Uma imagem que a casa Hermès já deixara bem clara nas suas coleções de moda nascidas quando os carros substituíram os cavalos e a marca começou a desenhar roupa. As suas primeiras peças foram desportivas ou para atividades ao ar livre, como o seu golfing jacket, a coleção de swimwear com motivos da artista Sonia Delaunay e os jumpsuits para os pilotos vestitrem.
Nos anos 20, o diretor da Casa, Emile Hermès, quis que a suas quatro filhas “estivessem sintonizadas com o seu tempo, e observava a sua maneira de viver para lhe providenciar o equipamento certo. Ele criou roupas que permitiam às mulheres participar nos desportos de exterior, viajar, conduzir um carro e até pilotar um avião”, diz o director artístico da casa Hermès, Pierre-Alexis Dumas.
A beleza confiante que a Hermès começou por inspirar na sua linha de batons e de vernizes chega agora com frescura e leveza extras. Num bálsamo com cor que disfarça pequenas linhas e imperfeições, sem lhes retirar carácter, numa fórmula à base de um complexo de ácido hialurónico que também assegura a hidratação, o óleo de prímula, o Baikal skullcap uma planta muito usada para as inflamações respiratórias e que protege a pele dos agressores externos e da poluição, a par de uma protecção solar contra os raios ultra-violeta de SPF 30. A sua textura foi pensada por um laboratório japonês especializado nas qualidades sensoriais dos materiais para um toque luxuoso e o acabamento translúcido que dura pelo menos oito horas.
Destaque para o extrato de amoreira branca também presente nos novos blotting papers, para as peles mais oleosas ou com brilho localizado, feitos de fibra de cânhamo, polpa de madeira e fibras suaves de papel de kozo, uma tradição japonesa antiga e proveniente da árvore da amoreira. E presente ainda nos dois pós radiantes que são uma verdadeira brisa - um iluminador e um matificante - complementados por um belíssimo pincel em madeira lacada e com fibras de pêlo de cabra, trabalhado por um artesão de pincéis francês. Os diferentes tons inspiram-se no mundo equestre Hermès, o design foi pensado por Pierre Hardy, o director criativo dos sapatos e jóias da marca, e o aroma é da nez Christine Nagel, arnica com essência de sândalo embrulhados em notas de chá verde. O que pedir mais?
Vídeo de Plein Air gravado em Lisboa: