Não deixa de ter graça pensar que o que começa por ser um artigo sobre medicina estética, ser, afinal, sobre (ou também) beleza natural. Começámos, talvez, com (pre)conceitos e assumimos. Beauty is ageless e para entender este conceito, o momento que se vive em Portugal e o que esperar no futuro, marcámos uma conVERSA com o especialista em medicina estética Vitor Figueiredo fundador e diretor clínico da Ageless.
O que há de novidades na Medicina Estética e que caminho estão a seguir?
Para a Ageless uma «novidade» é o que demonstrou em estudos clínicos ser seguro e eficaz e por isso passou a ser autorizado pelos organismos regulatórios que nos tutelam. Estamos sempre atentos às evoluções e por isso participamos ativamente em eventos científicos em todo o mundo, fazemos formação interna contínua, publicamos estudos clínicos e fundamentamos os nossos métodos em evidência objetiva e científica.
O nosso foco está nas soluções de rejuvenescimento facial e corporal minimamente invasivas e apontámos decididamente para o futuro, em direção a tratamentos menos complicados, praticamente sem tempo de recuperação e que ainda por cima oferecem resultados bem eficazes.
Os nossos protocolos são exclusivos, personalizados e ajustados às necessidades e características individuais de cada um. Há muito que deixámos completamente de lado as soluções genéricas e buscamos a naturalidade para os nossos pacientes, ajudando-os a envelhecer mais devagar.
Continuamos a recorrer aos diversos tipos de fios e aos bioestimuladores para tratar a flacidez e promover uma aparência mais firme e jovem. Atuamos com todos os pacientes na chamada medicina regenerativa com os nossos protocolos multivitaminicos e multireparadors com PDRN e exossomas para melhorar a saúde da pele. Estamos suportados por tecnologias multifuncionais de ponta, para tratamentos faciais e corporais, de fabricantes reputados, que combinam laser, luz pulsada, ultrassom, radiofrequência e HIFU entre outros, cujos parametros são naturalmente ajustados às especificidades de cada paciente.
Há um crescente ênfase - e acompanhamos com naturalidade essa tendência - no potenciar do bem-estar global do individuo olhando para a saúde estética como estando integrada na saúde global. O smartaging está exatamente na génese da Ageless para que também o interior de cada um de nós possa acompanhar as melhorias que são efetuados no «exterior» do corpo. Estamos muito focados em proporcionar uma experiência de excelência a quem nos escolhe e os nossos indicadores são muito bons, estamos muito contentes mas propomo-nos fazer (ainda) melhor.
Como se posicionam nesta área, em que consiste o vosso conceito?
Dedicamo-nos a cuidar do tempo, a atrasar os efeitos da sua passagem e reparar as marcas que vai deixando nos rostos e corpos de todos nós. O objetivo dos nossos protocolos reside em realçar a beleza natural de cada um, potenciar as suas características individuais e prevenir o envelhecimento, com o compromisso da naturalidade, mas acima de tudo da autenticidade e da genuinidade.
Os nossos protocolos de face, corpo, pescoço, decote e mãos são efetuados de uma só vez, numa sessão, de forma confortável e sem dowtime. Somos pioneiros nisto. Apostamos imenso na sofisticação dos nossos processos proporcionando uma experiência única a todos os níveis.
Na Ageless somos uma equipa de vários médicos porque acreditamos que vários cérebros a refletir continuamente e em conjunto conseguem produzir mais e melhor. Os tempos exigem multidisciplinariedade e complementaridade pois…ninguém toca vários instrumentos ao mesmo tempo! Cada médico da nossa equipa domina uma área específica.
Os processos decisórios são tomados primariamente pela equipa clínica e orientados em função dos resultados clínicos. Numa área com crescente competitividade sabemos que acima de tudo trabalhamos em saúde e fazemo-lo de forma honesta. Na Ageless praticamente todo o trabalho é não cirúrgico e a clínica está exatamente pensada de raiz para atuar neste campo com sofisticação e descrição e ainda com muita alegria e beleza.
Há algumas tendências que possa apontar como o que mais se procura no mercado? O que tem mudado ou mais mudou desde que começou a carreira?
A evolução nos tratamentos minimamente invasivos não cirúrgicos é absolutamente notável. Longe vão os tempos em que apenas existiam soluções cirúrgicas radicais e transformativas. Costumamos dizer que, num cenário ideal, em que as pessoas se começassem a cuidar-se desde cedo, de forma holística, poderíamos mesmo chegar ao ponto onde as soluções cirúrgicas estéticas deixariam de ser necessárias!
A medicina regenerativa, aliás por nós praticada desde sempre, ganhou novo folego com a procura destes cuidados por uma população cada vez mais jovem, mas também pelo desenvolvimento e ressurgimento de produtos como os exossomas, PDRN, polinucleótidos e bioestimuladores.
O «mercado» se entendido como uma «moda» não define de todo a nossa estratégia. O que para nós está sempre em alta é a unicidade de cada qual: a música que ouvimos, a roupa que vestimos, os locais com que nos identificamos, as pessoas com que convivemos e que nos trazem paz… Ou seja, sentirmo-nos bem connosco próprios na nossa própria pele é o mais importante e nunca passa de moda.
O resto…é o resto…e se é verdade que cada um tem o direito de mandar no seu corpo e desejar determinadas alterações é ainda mais verdadeiro que nós somos igualmente livres de nos recusarmos a fazer aquilo que vai contra os nossos ideais de beleza. Salientamos com imenso agrado que a as pessoas nos conhecem muito bem e que já praticamente ninguém nos procura sem saber exatamente que nós nos recusamos de todo a atuar para proporcionar resultados artificias.
Sempre fomos muito cautelosos com a obtenção de resultados «imediatos» porque entendemos que essa abordagem pode comprometer o processo de envelhecimento natural. Cada vez mais assistimos a pessoas tentando reverter o resultado de procedimentos estéticos que foram feitos sem critério, sem rigor e de forma apressada e… isto é muito preocupante.
Como está Portugal em relação à Medicina Estética? Já é um tema natural de conversa ou ainda há “tabus” … nota uma nova mentalidade?
A medicina e cirurgia estética, vistas como um tema de que não se pode falar (tabu), estão cada vez mais «desmistificadas» e por isso… estão na «boca» das pessoas. Cada vez mais são assunto de conversa em meios sociais, familiares, laborais e artísticos. Ter um ar cuidado, passou a ser desejável, tal como efetuar uma boa alimentação, praticar atividade física, cultivar amizades ou ter uma boa saúde mental.
Portugal, naturalmente, acompanha as tendências mundiais e estamos num momento de franca desmistificação dos tratamentos estéticos médicos que começam a ser vistos com naturalidade e até desejáveis num mundo cada vez mais competitivo e que valoriza muito a «imagem».
Contudo, ainda se coloca o foco em resultados muito imediatos, «instagramáveis», quase nunca os finais, ao invés de nos processos estabilizativos do envelhecimento. Isto sim é verdadeiramente desafiante para nós na Ageless. E é o que perseguimos diariamente visto que acompanhamos e cuidamos de pessoas há mais de duas décadas! Conseguimos comprovar este nosso modus operandi quando olhamos para os nossos pacientes agora e constatamos que estão com melhor aspeto e mais jovens do que ao início, quando os começamos a cuidar. Que satisfação nos traz!
Diga-se, também, que em Portugal a área da estética médica ainda está algo imatura e pouco regulada levando ao aparecimento de opções comerciais muito difíceis de entender. Reclamamos muito mais fiscalização da área.
E (pre)conceitos como o risco de correr mal, a alegada recuperação dolorosa, o mudar e deixar de ser eu…que (pre)conceitos ainda encontra?
Um «preconceito» trata-se de uma ideia desfavorável formada sem dados objetivos. Efetivamente, ainda há pessoas que desconhecem (ou conhecem mal) a área da estética médica, o que é perfeitamente natural. Não só porque existe falta de informação, mas acima de tudo porque há imensa «desinformação» …o tal conteúdo passado massivamente em canais de consumo rápido e instantâneo sem nenhuma espécie de validação clínica e científica… o que obviamente leva as pessoas a não olharem para a área com seriedade e, por isso, a não se interessarem pelo tema. Quanto aos resultados que não são naturais não são de todo o nosso estilo, não os executamos e não faz parte de todo da nossa prática e também não os comentamos.
Depois há os receios e medos e nós achamos mesmo muito bem que as pessoas os tenham. Não só porque os efeitos secundários podem suceder e ser graves, mas também porque são imensos os exemplos de resultados estéticos mal conseguidos. Basta ir ao google.
Em relação aos efeitos secundários temos sido cada vez mais chamados a resolver complicações de outros locais. Sabemos evitar problemas, mas também os sabemos resolver caso sucedam. Estamos em permanência disponíveis para os nossos pacientes.
Costumamos dizer que é muito difícil ser doente nesta área e escolher onde ir. Por isso aconselhamos sempre a quem quer recorrer a estes serviços que se lembre que acima de tudo é a sua saúde que está em causa e que transforme os receios que tiver na procura de um cuidado de qualidade feito com classe, com carinho e dedicação clínica. Se formos nós os escolhidos, estaremos à altura.
Na Ageless estamos focados em criar boas experiências às pessoas que nos escolhem por isso sofisticámos os nossos métodos para serem bem tolerados e permitirem às pessoas retomar a vida normal de imediato e voltarem á clínica confiantes se disso for caso.
Como vê os próximos tempos, o que está a chegar ou será a grande tendência em Medicina Estética?
Umas das primeiras palestras que fiz num congresso internacional há mais de 15 anos foi exatamente sobre a prevenção do processo de envelhecimento com técnicas minimamente invasivas. Na altura era uma novidade. Só se falava de cirurgias complicadas e radicais e as pessoas só rejuvenesciam quando estivessem mesmo muito envelhecidas. E ninguém falava em prevenir, em manter e em cuidar…longe vão esses tempos!
Naturalmente que temos as evoluções tecnológicas com modernos equipamentos por exemplo ao nível dos lasers não ablativos e radiofrequências fracionadas. Claro que recorremos à medicina regenerativa e preventiva no que à estabilização do processo de envelhecimento a nível celular diz respeito. E também é notório que em áreas tradicionalmente tão difíceis de abordar como o pescoço e decote nós hoje conseguimos ter resultados notáveis, impensáveis há uns anos.
Pois para nós o futuro já chegou e mais do que técnicas e tecnologias acreditamos que o futuro reside nas próprias pessoas. Nas pessoas que executam os procedimentos médicos e que têm de estar sofisticadas e atualizadas e certificadas trabalhando em equipa e nas pessoas que se começam a cuidar do ponto de vista médico estético desde cedo, mas como parte de uma otimização da sua saúde global.
Acreditamos que as pessoas vão estar cada vez mais atentas e irão fazer as suas escolhas em função do know how das equipas médicas e da reputação dos locais que possuírem soluções tecnológicas certificadas e uma equipa robusta de médicos atuando de forma concertada e respeitando protocolos validados.
O que o apaixona na Medicina Estética?
Desde o início da minha carreira há mais de 25 anos que sempre me dediquei à área. Sempre me fascinou a possibilidade de contribuir para o aumento da autoestima das pessoas e do seu bem-estar através das melhorias que fossem possíveis de efetuar no corpo.
Ao início era «estranho» por me dedicar em exclusivo à Medicina Estética, mas ninguém me demoveu e tenho feito o meu percurso sempre focado. Era dos poucos portugueses em congressos, dos poucos que investigava e dos poucos que publicava. Felizmente que atualmente há mais colegas portugueses com muito valor a trabalhar na área o que permite colocar Portugal e os médicos portugueses no panorama internacional reputado.
Nunca apreciei transformações nem alterações radicais e não me revejo quando as expetativas são irrealistas ou quando alguém procura resultados com os quais não me identifico. Não que os não consiga produzir, mas acredito mesmo que o que é difícil e por isso me desafia é acompanhar as pessoas ao longo da bela jornada que é a vida com um plano e uma estratégia e não apenas num único dia. Isto é fantástico, mas exige muito de nós.
Quem procura os cuidados estéticos médicos não acredito que o faça por capricho, mas sim porque tem uma real preocupação com o corpo, que se for bem gerida deixará essa pessoa mais feliz, mais segura e mais autoconfiante. A criação da Ageless é mais um passo neste caminho gratificante que fazemos em equipa há tantos anos para fazer chegar até todos o melhor da medicina estética!
E como a medicina estética me apaixona, estou sempre motivado, para fazer mais e melhor.