Nunca a frase ‘diz-me o que comes, dir-te-ei quem és’ fez tanto sentido. Isto porque cientistas norte-americanos podem ter descoberto a tão procurada chave para a longevidade.
Um novo estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, mostrou que o envelhecimento biológico pode ser atrasado a nível celular caso excluas um único ingrediente da tua dieta. De acordo com os investigadores, quanto melhor e mais saudável for a nossa dieta, mais jovens se tornam as células, o que contribui para o seu bom funcionamento.
O estudo foi baseado na forma como uma alimentação saudável influência o relógio epigenético, um instrumento usado pelos bioquímicos e que permite medir a idade biológica dos tecidos humanos, já que avalia tanto a saúde, como o tempo de vida.
O que os cientistas descobriram é que, por cada grama de açúcar adicionado à dieta, era possível registar um aumento da idade epigenética. Dorothy Chiu, a principal autora do estudo publicado no JAMA Network Open, revelou que as dietas examinadas estão em linha com as recomendações que existem para a prevenção de doenças e promoção da saúde.
“Do ponto de vista da medicina do estilo de vida, é estimulante ver como o cumprimento destas recomendações pode promover uma idade celular mais jovem em relação à idade cronológica".
O estudo analisou 342 mulheres de meia-idade e notou que a maior ingestão de açúcar adicionado foi associada a uma idade epigenética mais avançada, enquanto a maior ingestão de nutrientes essenciais e pró-epigenéticos foram associadas a uma idade epigenética mais jovem.
Este é um dos primeiros estudos a mostrar a relação entre o açúcar adicionado e o envelhecimento epigenético. Quanto mais nutrientes contém a dieta, menor a idade epigenética. No entanto, independentemente da qualidade do que comes, o envelhecimento biológico aumentou rapidamente com a simples adição de açúcar.
Para Barbara Laraia, co-autora do estudo, como os padrões epigenéticos parecem ser reversíveis, o que quer dizer que eliminar cerca de 10 gramas de açúcar adicionado por dia pode atrasar o relógio biológico em 2,4 meses.