Que no Coletivo 284 as exposições são normalmente surpreendentes já não é grande novidade. Bons artistas. Boas histórias. Grandes viagens. Tudo acontece por ali, naquele espaço que tem uma magia que não se explica muito bem, mas que se sente fortemente.
Ontem aconteceu pela segunda vez o Encontro para mulheres que fazem acontecer. Acontecer é fácil, é fazer cumprir a agenda do dia. Fazer acontecer é que tem arte. Requer entrega a uma causa ou a alguém. Este encontro é bastante informal e há uma naturalidade e simplicidade evidentes nas conversas que se trocam entre todas. Chega a um momento que somos convidadas a partilhar um pouco de quem somos, o que fazemos, para onde vamos… a liberdade é total, e nesta altura percebemos que queremos todas o mesmo, apesar de caminhos tão diferentes, queremos saber e sentir que fazemos a diferença. E fazemos.
Por entre conVERSA, há toda uma exposição entre nós. O artista é Helio Bray.
Temos o privilégio de uma visita guiada por cada obra ao ponto de ser-nos possível captar a essência do artista e contemplar mais cada quadro. Sou suspeita. Apaixonei-me.
O cocktail organizado pela Imppacto com o Chef Andre Gerardo aproximou-nos a todas neste final de dia e fechou em grande este encontro.
Venho marcada por várias histórias, mas trago uma frase que resume tudo, é uma citação do Pe. António Vaz Pinto, que alguém, felizmente, partilhou: “Nós só existimos nos dias em que fazemos. Nos outros apenas duramos.”
A exposição está disponível até ao final do mês de Julho. Para o Coletivo 284 a arte não pode ter barreiras a ninguém, a entrada é sempre livre, sem pagamento.