É um lugar comum, mas o mundo está a mudar. E o mercado do luxo (con)vive com as mudanças. Temas como o metaverso e a entrada de marcas como a Gucci ou a Burberry na Web3 e no universo do gaming e uma maior inclusão de coleções de streetwear, como vemos na Balenciaga, estão a transformar a demografia de consumo e a aproximar as grandes marcas de consumidores cada vez mais novos. O mais recente estudo da consultora Bain, publicado na Luxus +, refere que os jovens consumidores de bens de luxo, com as primeiras compras a partir dos 15 anos, serão um motor de crescimento, o que deverá alimentar o setor nos próximos anos.
Se nos últimos tempos a incerteza dos mercados gerou alguma preocupação em relação aos consumidores da Geração Z (nascidos entre 1996 e 2012), o novo relatório releva que os grupos de luxo europeus continuam a registar fortes resultados.O que se verifica é que as poupanças acumuladas durante a pandemia são agora aplicadas, por exemplo, na compra de uns ténis por 900 euros.
A consultora diz mesmo que são os consumidores muito jovens da Geração Z, mas também os Millennials, que alimentaram o crescimento da indústria de luxo este ano. E, se até agora as primeiras compras aconteciam entre os 18 e os 20 anos, a previsão é que comecem em breve aos 15.
Expostos às marcas de luxo mais cedo através muitas vezes da tecnologia e das redes sociais, os jovens de hoje são "observadores sofisticados" do universo do luxo. Se com 15 anos compram ténis a 900 euros, vamos então esperar para ver quais os produtos de desejo quando tiverem um primeiro ordenado.