Sabemos que existem muitas Índias dentro da Índia. Mas a Índia que hoje falamos é a da terra histórica dos Marajás e atual mercado de 36% dos bilionários do mundo. A Índia onde até 2030, o setor do luxo irá crescer 3,5 vezes segundo as estimativas da consultora Bain & Company, já em 2022 o mercado de bens de luxo da Índia gerou uma receita de quase 7,5 mil milhões de dólares.
Para as marcas ocidentais de luxo é visto atualmente como o mercado de luxo mais emocionante da Ásia. Marcas como a Valentino, Balenciaga, as Galeries Lafayette, segundo um artigo publicado pelo Luxury Tribune, são apenas algumas das Casas que já se associaram a retalhistas indianos nos últimos meses, para colocarem as suas coleções no mercado.
A Valentino, por exemplo, abriu a sua primeira loja no final de 2022, em Nova Deli, e prepara-se para inaugurar outra na capital financeira do país, Mumbai, com todas as gamas e acessórios da marca. O Luxury Tribune avança que a Balenciaga irá também abrir a sua primeira loja no país já este ano.
As duas Casas de luxo entram no mercado através de uma parceria com a Reliance Brands Ltd.(RBL), uma unidade da Reliance Industries ltd (RIL) que é propriedade do oitavo homem mais rico do mundo, Mukesh Ambani. A RBL é talvez o maior retalhista de marcas de luxo da Índia, atualmente com quase 35 grandes marcas como a Tiffany & Co., Salvatore Ferragamo, Jimmy Choo, Ermenegildo Zegna, Tory Burch, Tod's, Versace e Bottega Veneta.
Para 2024, está prevista a entrada das Galeries Lafayette no mercado indiano, com cerca de 200 marcas de luxo e designers, e irão ocupar um espaço de 90.000 metros quadrados, em dois edifícios históricos no sul de Mumbai. Há muito que se fala que a Índia é a nova fronteira emergente do luxo e parece que o momento está prestes a chegar.