Bottega Veneta primavera/verão 2023
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Usar roupa interior na rua? Sim, 'but make it chic'!

Já conhecíamos o termo “Casual Chic”, agora é abraçar o “Casual Comfort”, a nova tendência da estação.

O título até pode parecer um pouco exagerado, mas, com algum enquadramento, usar o chamado underwear como peças de outwear, faz todo o sentido quando a nova tendência para esta estação se define por um conforto casual. E se for um look integral Bottega Veneta, ainda melhor. Lembra-te: make it chic!

A moda parece estar mais uma vez a dizer-nos que está sempre alinhada com o mundo e com a sociedade. E, neste caso, até vem com uma certa dose de sensibilidade. O “Casual Comfort”, uma nova tendência como destaca um artigo da Vogue UK, é o regresso às roupas mais confortáveis, neutras, de certa forma até simples, depois de um certo fascínio pós-pandemia por excessos como a estética Y2K ou Barbiecore. E é o reflexo de uma economia em queda livre, da chamada “Recession Core”, um termo que já invadiu a internet e que se resume a isso, a moda a trazer conforto, bem-estar, a responder a uma consciência coletiva instável, ainda assim, chique. Afinal, moda é sempre moda.

Um dos primeiros sinais foi o look de Kate Moss no desfile primavera/verão 2023 da Bottega Veneta, em que surge com uma camisa de xadrez e calças de ganga. O diretor criativo da marca Matthieu Blazy explicou na altura: "É uma espécie de conforto casual que levámos ao extremo." Para a mesma estação, Miuccia Prada e Raf Simons apresentaram a coleção “Touch of Crude”, crua e impulsiva, com peças rasgadas, cuecas expostas, vincos em tecidos, que definiram como “traces of living”, numa tradução livre, qualquer coisa como “vestígios de vida”.

Há depois os bolsos na coleção da Miu Miu, na qual cabe tudo, ou quase tudo, simplificando a nossa vida ao máximo, os vestidos “throw-on-and-go”, que são isso mesmo, simples de vestir, e a ganga integral em versão XXL, que tem tudo para ser confortável.  

Pouco interessante enquanto tendência? Sim. E não. Ou deixamos a decisão do vosso lado. Mas é importante lembrar que estamos a falar da indústria da moda e há claramente uma estética, ainda que silenciosa, neste conforto casual que as grandes marcas nos apresentam. Não há um vinco numa peça da Prada que não tenha sido pensado ao pormenor, mesmo um vestido simples que se enfia literalmente pela cabeça tem design e, convenhamos, sair à rua apenas de collants e uns calções ou cuecas (ainda estamos a tentar decifrar), como propõe a Bottega Veneta, não é para todos.

Estamos confortavelmente confortáveis com este “Casual Comfort”, mas, na realidade, só parece funcionar quando o tornamos verdadeiramente chique.

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