O Sangue Novo voltou à ModaLisboa para a segunda e última fase do concurso com cinco finalistas. Num só desfile, os jovens designers apresentaram o futuro da moda e a essência dele mesmo, o Core que dá tema à 60.ª edição do evento. Se lá fora, no desfile da Coperni, na Semana da Moda de Paris, vimos um cão robot a desfilar na passerelle, por cá a tecnologia também foi integrada.
A abrir o desfile Sangue Novo, o designer Cal Pfungst apresentou uma coleção que reforça a tendência dos puffer shoes, e trouxe ainda estampados geométricos e macacões, sendo um deles felpudo em amarelo, que desfilou atrás de um carro telecomandado. Cal Pfungst arriscou, nenhum despiste aconteceu, e as novidades prosseguiram com Inês Barreto.
Antes de falarmos sobre a jovem de 23 anos, devemos ainda destacar mais alguns momentos. Uma caveira servida numa bandeja segurada por um modelo que usava arm warmers em couro e umas calças elegantes em preto desenhadas por Darya Fesenko, que é também autora de uma carteira incomum com a pega em forma de algema.
Já Molly98, dedicada à slow fashion, produzindo a partir de materiais já existentes, cria a pensar no futuro do planeta e levou esse futuro nas peças e nos modelos. Para apresentar um conjunto recheado de pelo, a designer Maria Duque juntou uma mulher e uma criança na passerelle a usar o mesmo formato.
Retomando o segundo desfile, de Inês Barreto, acabou por ser o mais marcante por ditar a vitória do concurso Sangue Novo. A jovem de 23 anos apresentou uma coleção denominada Let Us Eat Cake, feita em latex (uma borracha natural), que lhe valeu um mestrado de Design de Moda no Istituto Europeo di Design (IED), no valor de mais de 20 mil euros.
Inês confirmou-nos aquela que vai ser uma das tendências do ano, as meias brancas, assim como as transparências.
A Versa mostra-te a coleção da vencedora em galeria.