Foi em 2004 que este vestido apaixonou o mundo, quando surgiu numa publicidade do icónico perfume Chanel N°5, protagonizada por Nicole Kidman e Rodrigo Santoro. Na realidade, esta não foi uma simples campanha publicitária, foi uma mega produção com impacto a nível internacional.
Realizada por Baz Luhrmann, cineasta conhecido por Romeu e Julieta e Moulin Rouge, contou com um dos maiores orçamentos da indústria da publicidade, algo em torno dos 10 milhões de dólares. Na primeira parte do anúncio, inspirada em Os homens preferem as loiras de 1953, Kidman surge numa escadaria com o imponente vestido de tule rosa, completamente cercada por fotógrafos. Numa outra cena, aparece num terraço em Paris, onde beija Santoro de forma apaixonada.
Quase 20 anos depois, a atriz australiana recuperou a peça de Alta-costura para homenagear o icónico designer da marca, Karl Lagerfeld, na Met Gala, que se realizou no The Metropolitan Museum of Art.
O evento coincidiu com a inauguração da exposição anual de moda do museu, este ano focada na vida e obra do designer que morreu em 19 de fevereiro de 2019, com o nome “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty”.
O vestido foi “inventado a partir da cabeça [de Karl]”, revelou Nicole Kidman a La La Anthony na passadeira vermelha da Met Gala. Foi bordado com 250 penas, mais de três mil cristais de prata e lantejoulas, e tem uma longa cauda redonda de quatro metros.
“Tenho os esboços de quando ele o estava a desenhar e depois ajustámos – lembro-me de termos de o ajustar repetidamente - e acho que o meu profundo amor por Karl veio durante esse tempo que passámos juntos porque eu o conhecia muito, muito bem”, revelou Kidman na rápida entrevista.
“Ser capaz de o homenagear e usar este vestido agora para a Chanel, e mostrar como estes vestidos de Alta-costura duram, é incrível. Se cuidarmos deles e se os amarmos, são intemporais. Ser capaz de usar a mesma coisa 20 anos depois e ela ainda fazer sentido... é leve como uma pena e incrivelmente confortável, é tudo feito à mão”, concluiu.
Mas Nicole Kidman não foi a única convidada a utilizar vestidos do arquivo Chanel para homenagear Karl Lagerfeld e o seu legado. Penélope Cruz, que apresentou o evento, vestiu um Chanel branco da coleção primavera/verão de 1988, o mais antigo a desfilar na passadeira vermelha da Met Gala. Dua Lipa optou por um vestido da coleção de outono/inverno de 1992, usado na altura por Claudia Schiffer, e Margot Robbie escolheu uma peça primavera/verão de 1993. Gisele Bündchen usou um vestido da coleção primavera/verão de 2007, Naomi Campbell levou um look da coleção primavera/verão de 2010 e Kirsten Stweart um fato Chanel de 2017.
Percorre a galeria e vê todos os vestidos vintage Chanel que brilharam na Met Gala 2023 e recorda aqui todos os looks do evento.