Concept Designer David Aliperti. Fotografia: Instagram princemonkey
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As excentricidades que marcam a Semana da Moda de Nova Iorque

Abrimos as hostilidades com as peças bizarras da semana tão aguardada por todos os aficionados da moda.

New York Fashion Week ou, à portuguesa, Semana da Moda de Nova Iorque. Vamos olhar para ti com atenção e com muito senso crítico. Afinal de contas, és palco de momentos que marcam uma indústria e abrem discussões entre quem percebe disto e quem não pesca nada.   

Extravagância e excentricidade, ou qualquer outro sinónimo que prefiramos, servem para slogan destas peças ou desfiles inusitados. Notados imediatamente pela estética irreverente, estas abordagens mexem com os ditos padrões de beleza e remexem com uma estética contraintuitiva – é isto moda?

The show must go on! Quer gostemos ou não, aceitemos que não há uma Semana da Moda sem espetáculo. E, aqui, a teatralidade é esperada e conseguida com geometria. Os espigões, linhas e ângulos imponentes da coleção apresentada pela Area, intitulada de “Tetrahedron”, são inspirados na arquitetura e perspetiva do antigamente, mais concretamente, na obra Perspectiva Corporum Regularium, um livro do alemão renascentista Wenzel Jamnitzer, publicado em 1568. Com um like ou um dislike, indiferentes a estas peças é que não ficamos.

E, se vamos falar do que nos chamou a atenção, temos de lembrar a peça que mistura o expoente do luxo a… bróculos. Uma carteira leguminosa? A “obra-prima” do Concept Designer David Aliperti é inspirada no ciclo de vida de uma borboleta e no papel que este inseto tem na polinização. Apresenta-se, assim, um saco feito a partir de um pedaço de brócolos, adornados em cristais Swarovski. “Talvez não consiga pôr o seu porta-moedas ou telefone aqui dentro, mas pode comer a carteira pela riqueza em vitaminas e minerais... uma Birkin pode dizer isso?!”, questiona o criativo, e até tem um ponto...

Fe Noel tem de integrar estes destaques, depois de "O Vestido" forrado a 1,6 milhões de dólares em notas cosidas à mão impressionar tudo e todos. Com uma mensagem sociopolítica, a designer estreou-se nesta semana da moda em grande (estilo?), dando a conhecer a diferença salarial entre géneros, numa espécie de Ode à Mulher. 

 

O regresso de Barragán à NYFW também nos convida a comentar. O designer colocou a coleção primavera-verão num espaço encenado, de forma a mostrar a toxicidade presente nos festivais de música americanos - como o caótico e desastroso Woodstock 99 que virou um campo de batalha num terreno imundo. Foi uma crítica ao capitalismo e aos “excessos dos brancos”, disse o designer da marca, decidindo colocar os manequins a desfilarem sobre lixo… demasiado lixo, diria.

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A preguiça tem um nome e uma nova cor nos pés: o rosa.

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