Inês Fonseca sempre guardou “roupas antigas, estranhas” que lhe apareciam em casa. Acabavam a ser usadas para criar personagens em pequenos teatros da escola, festas temáticas ou no Carnaval. Desde pequena que adora brincar com as roupas e aos 29 anos transportou essa paixão para a sua nova marca, Pandã.
"Pensei que ao criar conjuntos e juntar pessoas a usar as peças se poderia tornar visualmente cativante e até transmitir uma mensagem de união e inclusividade forte. Foi assim que surgiu o universo Pandã”, criado em outubro de 2022, conta Inês Fonseca, licenciada em Design de Moda.
A ideia surgiu em 2019, altura em que trabalhava com o negócio de têxtil-lar e na retrosaria do pai e percebeu que queria investir no know-how envolvido na criação das peças de estilo mais artesanal, “como já não se via". Primeiro, aventurou-se com uma marca em nome próprio criada em 2020 na Alemanha, maioritariamente de casacos, e depois com a portuguesa Pandã, um conceito mais amplo.
A marca que faz pandã com momentos do dia a dia
“Pandã vem de ‘fazer pandã’, combinar, criar conjuntos (parte de cima e parte de baixo) – casaco e calças, top e saia, camisa e lenço, etc – mas também de combinar entre amigos, casais, pais e filhos, cão/gato e dono, etc". É assim este o conceito da Pandã, uma marca que foi criada para “ser parte da vida quotidiana das pessoas”, afirma a criadora.
As peças da Pandã são o oposto dos básicos, tendo na base uma inspiração vintage que se reflete no uso de padrões folclóricos das chitas de Alcobaça, texturas e cores vibrantes dos tweed, bombazinas aveludadas e tecidos mais simples (como o pano cru e o linho).
As combinações são assim feitas para quem gosta de um estilo mais arrojado, que combina a essência do romântico e o cosmopolita, sendo pensadas para usar no dia a dia ou em momentos especiais com uma garantia de conforto.
Uma alternativa sustentável carismática
Para atingir a originalidade e o conforto, a marca Pandã aposta em tecidos de qualidade, de composição maioritariamente natural, menos poluentes e facilmente biodegradáveis, escolhidos entre tecidos deadstock esquecidos em armazéns.
Toda a produção é feita em pequenas quantidades, localmente e de forma artesanal. O próximo passo no caminho da sustentabilidade, a pôr em prática já em 2023, é “trabalhar apenas com soluções de packaging/labeling reciclados, sem utilização de plásticos bem como opções de shipping com emissões reduzidas”, conta Inês Fonseca.
A Pandã é, por isso, uma escolha mais consciente, e no fundo uma “alternativa e um complemento carismático aos básicos disponíveis noutras marcas sustentáveis”.
Os mais sóbrios podem optar por pelo Tai Blouse Ecru canvas (€80) combinado com as calças Cher Trouser Ecru (€80), já os mais arrojados pelo casaco tweed Cher (€70) e a saia que com ele faz pandã (€70).
A Versa mostra na galeria toda a coleção da marca portuguesa, que pode ser comprada online.