Burberry Semana da Moda de Londres | Bloomberg , Getty
Coolhunting

Sem trench coats? Uma Burberry menos presunçosa ao comando de Lee

Uma lufada de ar fresco marca a estreia de Daniel Lee ao comando da Burberry. Um até já ao clássico da casa de luxo dá as boas vindas a looks despojados de prepotência.

Um dos desfiles mais aguardados desta Semana da Moda de Londres dedicada ao ícone britânico Vivienne Westwood marca a estreia do novo diretor criativo da Burberry, Daniel Lee, que deixou a Bottega Venetta em outubro de 2022 para assumir o lugar de Riccardo Tisci. É sem medos que Lee nos mostra a visão de um novo rumo da maison de luxo, ao mesmo tempo que reafirma as raízes da marca britânica.

Se por um lado Daniel Lee renova a identidade da marca ao libertar-se da imagem das clássicas trech coats, num claro regresso aos anos 90 e à estética grunge que essa época nos trouxe, por outro, traz de volta o logótipo de cavaleiro que tinha sido abandonado em 2018 pelo diretor anterior.

O xadrez não é esquecido nas novas criações, mas não como padrão que marca a casa de luxo, e é acompanhado de cores fortes e um desleixo propositado. Testemunhamos assim uma Burberry menos presunçosa, ainda que mantenha a estética de elite, e mais arrojada, com um pé no futuro que acompanha os anseios de quem quer coisas novas.

Vale a pena lembrar que desde 2018 a marca não usa peles verdadeiras, mas não faltam referências a animais, com peles e penas que cobrem desde chapéus e gorros a carteiras e sapatos, sem falar nos acessórios quase cómicos, como gorros com cabeças de patos.

Este desfile foi assim uma lufada de ar fresco para quem por ele ansiava. Já que agora vemos um futuro promissor e criativo para uma Burberry que se afirma jovem, mas muito sábia.

Coolhunting

O golpe de génio do Lidl: "Alta-costura" num corredor de supermercado

O mês da moda tem lugar marcado no corredor menos popular do Lidl - e entenda-se isto como um elogio.

Coolhunting