Florence & the Machine era dos concertos mais esperados do Alive e, como seria de se esperar, angariou uma grande plateia de fãs inebriados pela sua pop sonhadora, muito herdeira dos contos de fadas ingleses, magia que ainda ganhou mais patine depois de a artista se ligar à Gucci de Alessandro Michele, que lhe assenta tão bem.
Esta foi, muito provavelmente, a mesma plateia, que aplaudiu Jorja Smith, sempre impecável, tirando o momento em que se desorganizou com a sua longa trança e teve de ir compô-la. E a mesma que foi ao rubro com Celeste, que a ela se juntou em comunhão.
Ainda numa versão dreamy, Nilüfer Vanya e a sua guitarra, os repetentes sempre curiosos Alt-J e os refrões pop rock dos Inhaler, quase tão redondos como as canções dos Quatro e Meia que ecoaram pelo recinto.
E foi impossível não rodopiar a anca ao som dos músicos portugueses. Dino d’Santiago deu um grande concerto, o Batida juntou-se b2b ao Branko e é sempre muita dança na certa e, a rematar, o embalo poderoso dos Bateu Matou, de Joaquim Albergaria, das melhores notícias da música nacional, e os Fogo Fogo de João Gomes que, como o nome indica, são muito fogo de ginga e de doçura de África em palco.
Para conferir, em cima, na galeria de imagens assinadas por Marisa Cardoso.