Vivienne Westwood
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Vivienne Westwood faleceu aos 81 anos. But Punk is Not Dead!

Uma das melhores entre os melhores, rebelde, ativista e um nome que fica para sempre na história da moda britânica.

Aos 81 anos a provocadora dama da moda britânica, deixa-nos num sentimento de vazio que só os grandes – os enormes, nos conseguem provocar. Faleceu esta quinta-feira “pacificamente e rodeada pela sua família, em Clapham, no sul de Londres. O mundo precisa de pessoas como Vivienne para o mudar para melhor", anunciou a sua Casa de moda nas redes sociais. 

Para mim, desaparece um dos maiores nomes da moda britânica, que sempre acompanhei e admirei e a senhora de cabelo branco, com quem durante várias semanas, tive o prazer de partilhar a mesma sala de pequeno almoço num desses famosos hotéis de Londres. Chegava, dizia-me bom dia, magra e não sendo alta, enchia a sala com a sua presença, com o seu estilo inconfundível (quase sempre de t-shirt e saia). Se me permitem, hoje é essa a minha maior memória dela. 

Ficou conhecida por vestir os Sex Pistols e foi desde sempre sinónimo do movimento punk rock dos anos 70, uma rebeldia que manteve e que se tornou a sua marca pessoal. Mas também uma rebeldia que lhe deu o tom para o ativismo em temas como as alterações climáticas, a poluição ou até o seu apoio a Julian Assange. Quase sempre causas que estampava nas suas t-shirts. 

Na sua biografia em 2014 afirmou: “A única razão pela qual estou na moda é para destruir a palavra 'conformidade'. Nada é interessante para mim a menos que tenha aquele elemento." A Rainha Isabel II atribuiu-lhe a medalha da Ordem do Império Britânico, mas sempre com o seu dom de chocar, Westwood apareceu no Palácio de Buckingham sem roupa interior, como acabaria por mostrar aos fotógrafos presentes. Desafiou as tendências hippies e fez do punk um movimento fashion, passou pelas roupas rasgadas, com correntes e até peças de látex que vendia na sua loja em King's Road, em Londres. 

"As minhas roupas têm uma história. Têm uma identidade. Têm caráter e um propósito. É por isso que se tornam clássicos. Porque continuam a contar uma história” Westwood.

Enquanto marca, a Westwood deu o salto na década de 1990, com os fashionistas a esgotarem os seus desfiles em Paris, com a inauguração de lojas em todo o mundo e o crescimento do negócio para linhas como acessórios e perfumes.

Sem nunca deixar a moda, nos últimos tempos Westwood usou o seu perfil público para defender questões como o desarmamento nuclear e para protestar contra as leis anti-terrorismo e as políticas de gastos do governo que atingiram os mais pobres. Era comum transformar os seus modelos em eco-guerreiros da passerelle e mais recentemente foi uma voz ativa no movimento “escolham bem” e “comprem menos”, contra a fast-fashion.

"Sempre tive uma agenda política, usei a moda para desafiar o status quo."
 

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