Banco Siza Vieira para a Hermès maison, 2022.
Design e Artes

A lição de leveza da Hermès e de Álvaro Siza Vieira

Lançada na semana de design de Milão, a coleção maison da Hermès lembra-nos de que não há nada de que precisemos mais agora do que de leveza – desafiar a gravidade. A leveza que a estação quente inspira, mas também uma definição de conforto e beleza intemporais evidente na peça assinada por Siza Vieira.

No bairro de Brera, em Milão, foi apresentada a nova coleção Hermès para casa, em quatro estruturas, em madeira e papel colorido, em forma de torres de água de 8m2, desenhadas por Charlotte Macaux Perelman com Alexis Fabry (os diretores artísticos da Hermès Maison). Um cenário

que irradia luz e nos transporta para o ponto de partida essencial desta nova etapa, e que bem podia ser um mote para as nossas vidas agora saídas de uma terrível pandemia e a aguardar o fim de uma guerra absurda: a procura pela leveza. Dentro delas, os novos objetos da marca de luxo mais conhecida pela exigência nos detalhes da grande artesania, pela precisão e pela magia que só consegue quem sabe mesmo fazer, fazer bem e há muitos anos.

Pela primeira vez, a coleção de casa Hermès começa nos têxteis, todos em caxemira, um dos materiais mais amados pela casa francesa. Infinitamente leves e delicados, pintados à mão em cores fortes e geometrias várias, alguns lembram-nos janelas viradas para o futuro. Os objectos, porcelanas- e peças de mobiliário seguem o mesmo mood: um pedaço de couro dobrado e pintado à mão que se torna num centro de mesa ou pratos em porcelana que refletem a luz. Em todos os casos, está implícita a singularidade a que a marca sempre nos habituou, e a resistência e a leveza que sobrevivem ao tempo.

Destaque para o banco em bambu e pele que funciona como uma extensão da linha Karumi, desenhado por Álvaro Siza Vieira, na continuação de uma parceria feliz entre o famoso arquiteto português e a casa de luxo francesa.


 

 

 

Nécessaire

Uma nova tendência de beleza que adoramos ou odiamos

Estranhamos, certamente, mas não sabemos se entranhamos. Afinal de contas, é bonito? 

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