Este ano, o DocLisboa, o festival internacional de Cinema Documental de Lisboa, é dedicado a Jean-Luc Godard, cineasta franco-suíço que morreu na passada terça-feira, aos 91 anos. Entre 6 e 16 de outubro, várias salas da cidade irão exibir 281 filmes, dos quais 47 em estreias mundiais e 28 em estreias internacionais. Nesta 20.ª edição do festival, estão presentes a concurso 44 filmes portugueses, 12 deles na competição nacional.
Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal e Museu do Aljube são os locais que acolhem o festival.
"Terminal Norte", da argentina Lucrecia Martel, é o filme de abertura do festival, sendo exibido em simultâneo no Cinema Trindade, no Porto.
Sendo o festival dedicado ao pai da Nova Vaga francesa, o documentário "Godard Cinema", de Cyril Leuthy, será exibido na secção Heart Beat. O filme de encerramento será "Objetos de Luz", de Acácio de Almeida e Maria Carré.
Em destaque, está "Mr Landsbergis", obra do realizador ucraniano Sergei Loznitsa, que traça um retrato do antigo Presidente lituano Vytautas Landsbergis. "Un Couple", de Frederick Wiseman, dá, por sua vez, a conhecer a relação de Lev e Sofia Tolstói.
‘"Onde fica esta rua? Ou sem antes nem depois", de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata é uma das estreias nacionais. "O que podem as palavras", de Luísa Sequeira e Luísa Marinho, sobre o livro Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa; "A viagem do Rei", de João Pedro Moreira sobre Rui Reininho, ou "Mata-Ratos ao vivo no Octógono — Fundão", de Patrick Mendes, são outras das estreias nacionais.
Há ainda para ver "The Fire Within: Requiem for Katia and Maurice Krafft", de Werner Herzog, sobre dois vulcanologistas franceses e "Everything Will be Ok", de Rithy Panh, filme construído com bonecos que fala sobre totalitarismo e democracia.