Tal como o Natal, a Páscoa tem um significado especial para os cristãos, que celebram por esta altura do ano a ressurreição de Jesus. No entanto, Jesus Cristo não foi o único a ressuscitar.
Ao longo da história — tanto em textos religiosos como em matérias que estudámos na escola — outras figuras também voltaram à vida depois da morte.
Começando por aqueles que são referidos na Bíblia, temos Lázaro, ressuscitado por Jesus depois de quatro dias morto. A ele junta-se a filha de Jairo, uma menina que Jesus trouxe de volta à vida; o filho da viúva de Naim, também ressuscitado por Jesus; Tabita (ou Dorcas), ressuscitada por Pedro; Eutico, um jovem que caiu de uma janela e morreu, mas foi ressuscitado por Paulo; e um homem lançado na sepultura de Eliseu, que ao tocar nos ossos do profeta, voltou à vida.
Para além dos textos bíblicos, entrando em tradições mais antigas do que o próprio cristianismo, mergulhamos na mitologia e encontramos nomes de deuses ainda hoje admirados
É o caso de Tammuz, Deus da Mesopotâmia, que morreu e alcançou o submundo, voltando depois à vida como símbolo do renascimento da natureza e o regresso da fertilidade; Osíris, Egipto, um dos deuses mais importantes do panteão egípcio, que foi assassinado pelo irmão Seth e voltou à vida graças à esposa, a deusa Ísis; Dioniso, Grécia, deus do vinho, que foi despedaçado por titãs e depois ressuscitado por Zeus; Adônis, Grécia / Fenícia, que morre tragicamente atacado por um javali e volta à vida por intervenção divina; Persefone, Grécia, levada ao submundo e volta à terra como símbolo do renascimento da natureza (primavera vs. inverno); e Baal, Ugarit / Canaã, deus da tempestade e fertilidade, que morre e ressuscita, trazendo a chuva e a renovação da terra.
Apesar das inúmeras histórias de ressurreição, a de Jesus continua a ter um papel mais relevante, não só porque ressuscitou através da sua própria divindade, como regressou para nunca mais morrer, tornando-se símbolo da vida eterna para os crentes. Por isso mesmo, ao contrário dos Deuses da mitologia antiga, a morte de Jesus representa não um fim, mas um início de algo novo.