Sandra Felgueiras e Pedro Benevides são uma das duplas do novo Jornal Nacional | Fotografia: Vasco dos Santos
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O novo Jornal Nacional é o pontapé de saída para reinventar o futuro

Depois de um interregno de 12 anos, o novo Jornal Nacional arranca esta segunda-feira, às 20h, com José Alberto Carvalho, Sara Pinto, Sandra Felgueiras e Pedro Benevides.

O emaranhado de cabos no chão e a azáfama com que os técnicos carregam caixotes e posicionam painéis LED nas paredes denota que já não falta muito para que o estúdio de informação, onde até agora era apresentado o Jornal das 8 da TVI, esteja pronto para receber a primeira edição do novo Jornal Nacional. Depois de um interregno de 12 anos, o noticiário que foi pela primeira vez para o ar em 2000 está de regresso à grelha da estação de Queluz de Baixo a partir desta segunda-feira, agora conduzido pelas duplas de pivots José Alberto Carvalho, Sara Pinto, Sandra Felgueiras e Pedro Benevides. O novo formato do conhecido telejornal aposta na introdução de tecnologia de ponta, que quer cimentar a estação como uma referência do panorama jornalístico televisivo nacional.

Sandra Felgueiras e Pedro Benevides acabam de chegar de mais uma sessão de ensaio do Jornal Nacional. Na redação da TVI, a poucos metros do estúdio com 240 metros quadrados que foi renovado para receber a nova aposta da informação do canal, impera o burburinho de vozes indistintas. Mas o que vai trazer de novo este Jornal Nacional, perguntamos à dupla de jornalistas. “O que este jornal vai trazer é fazer jornalismo em tempo real”, começa por responder com entusiasmo Sandra Felgueiras. Depois de uma breve passagem pelo grupo Cofina, a jornalista chegou à TVI em setembro passado, tendo a seu cargo a rubrica de jornalismo de investigação Exclusivo. Agora, será um dos rostos de um telejornal repleto de história, que regressa para liderar a transformação nos noticiários nacionais.

“Se olharmos com atenção para os principais noticiários do país, ainda estão muito colados à imagem dos anos 1990. Não há uma grande diferença entre a forma de comunicar e de trazer notícias de cada um deles. A ideia é que consigamos ser os primeiros a dar esse passo em frente”, elenca Sandra Felgueiras. E de que forma será dado esse passo? Pedro Benevides, que passou pela RTP e SIC antes de chegar a Queluz em 2020, antecipa que a “realidade aumentada, a inovação no vídeo e no grafismo” serão alguns dos trunfos do novo Jornal Nacional. “O que se pode explorar num estúdio de forma a melhor comunicar o que se está a passar no mundo aos espectadores que estiverem a ver a nossa informação? Não vamos querer que a tecnologia se sobreponha ao essencial, que é dar conhecimento ao espectador das notícias mais marcantes e relevantes, mas, sim, tornar essa informação mais fácil de aprender”, considera o jornalista.

Considerado um marco do jornalismo português, o Jornal Nacional foi apresentado por vários rostos conhecidos. Manuela Moura Guedes, Pedro Pinto e Júlio Magalhães foram algumas das personalidades que fizeram com que “mais ninguém se esquecesse dele, fosse pela ferocidade com que atacava alguns temas, fosse pelas notícias que dava”, lembra Sandra Felgueiras. “ O jornalismo mudou muito, mas o que vamos fazer neste novo Jornal Nacional não é revisitar o passado, é reinventar o futuro”, sublinha a pivot. “Eu e o Pedro [Benevides] somos da mesma geração e vemos a sociedade da mesma maneira, baseada na meritocracia e no talento. E é isso que queremos imprimir neste novo formato, reconhecendo a mais valia que o Jornal Nacional teve outrora e procurando dar o nosso abanão ao jornalismo que hoje existe”, acrescenta.

A aposta no jornalismo de investigação e em exclusivos TVI continuará a ser uma prioridade, assume a dupla de pivots, mas o novo Jornal Nacional será um noticiário em que a atualidade, o desporto e o que de mais relevante acontece no país e no mundo terá um espaço dedicado com total liberdade editorial. “Vai ser um jornal moderno, com uma linguagem e forma de contar histórias diferentes. Será acutilante, inquieto e provocador – qualidades que o jornalismo apresentado na televisão não tende a ser. Vamos reinventar o futuro, olhando para o ADN que está na base da TVI”, diz, convicto, Pedro Benevides.

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