ler na praia
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Deixa que estes 4 livros de poesia te acompanhem nos dias de verão

Haverá lá coisa melhor do que estar estendido ao sol, com muito protetor solar, e um livro nas mãos? Tenho as minhas dúvidas.

Nem sempre a poesia me estimulou. Nunca foi uma relação óbvia na minha vida, mas, num abrir e fechar de olhos, olho para a estante dos meus livros (que me orgulho de chamar mini, minibiblioteca) e vejo que a tendência mudou. Acabei por me apaixonar pela poesia e pelo universo poético dos autores que nos dão versos impactantes e que nos fazem questionar o mundo.

Deixo aqui quatro sugestões para levarem debaixo do braço na próxima ida à praia.

Geografia, de Sophia de Mello Breyner Anderson

Instante, solidão e silêncio. Três palavras/temáticas que a autora refere neste livro. A poesia de Sophia instala-se na relação com os espaços e com a realidade (material ou espiritual, histórica e até mítica). Em Geografia, percorremos praias do Algarve, as ilhas gregas e até o Brasil. Toca na política e na cultura. Mas são os poemas sobre a solidão, a noite e o tempo que mais me fascinaram. Os poemas encerram-se na sua generalidade com brevidade, são sintéticos e diretos, há uma grande riqueza melódica que se alia a contraposições rítmicas.

Jóquei, de Matilde Campilho

No Jóquei, o primeiro livro de Matilde Campilho, há um certo hibridismo linguistico, cultural e poético - acredito que isto se deve ao facto da poetisa viver entre o Rio de Janeiro e Lisboa. Campilho tem uma vivência muito particular com as cidades, com os lugares, e é através dessas vivências que a sua poesia é construída - sejam esses lugares reais ou imaginários. Isso dá origem a uma poesia que não é rígida, que não se prende ao formato ou forma. Matilde quer simplesmente refletir, falar sobre determinados assuntos e experiências. Isso torna o livro agradável, fluido e simples. A poesia de Campilho tem a capacidade de nos levar até aos lugares sobre os quais ela escreve.

O Sol e as Suas Flores, de Rupi Kaur

Subestimei a poesia de Rupi Kaur. Li apenas os poemas que eram partilhados no Instagram. Mas depois de ler a segunda coletânea, tenho de admitir que Kaur é boa. Comecei a ler este livro em maio e terminei-o em Agosto, levou-me muito tempo porque a crua realidade com que Rupi escreve muitas vezes deixou-me sem sentido, com grande angústia - por ela, pelas situações descritas, e ainda por mim.

Murchar, cair, enraizar, subir e florir são os cinco capítulos em que esta coleção está dividida. Pensamentos sobre a dor, o amor e a autoestima. A honestidade corajosa de Kaur figura-a como uma revolucionária literária, que luta contra a opressão.

Useless Magic: Lyrics and Poetry, de Florence Welch

Já sabíamos, pelas letras de Florence + The Machine, que Florence é uma verdadeira poetisa. Preocupa-se com as palavras, a literatura e, acima de tudo, com a poesia. Na última parte do livro, que é dedicada à sua poesia, vemos essa confirmação: ela é uma poetisa. Mesmo nos poemas mais minimalistas, podemos sentir a sua aura a invadir as nossas almas. Sinto-me sempre muito inspirado por Florence e espero que ela lance outro livro com a sua poesia.

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Cinco séries para ver em agosto durante as férias

Entre regressos aguardados como a segunda temporada de Pôr do Sol, mergulhos no mundo do narcotráfico dinamarquês e viagens ao universo dos superheróis da Marvel, estas são as sugestões de séries para ver em agosto.

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