A exposição Loewe, Weave, Restore Renew no Salone del Mobile, em Milão, teve direito a um cocktail oferecido pelo diretor criativo da marca, o genial Jonathan Anderson, no icónico Palazzo Lombardi. Uma mostra que teve vida curta, esteve patente apenas durante a semana de design, mas permanece numa deliciosa coleção onde se podem explorar as diferentes técnicas de cestaria que a Loewe quer muito preservar - e a colecção de acessórios da marca não podia ser mais a cara disto de tudo.
O projeto Weave, Restore, Renew tem como objetivo pegar nas antigas técnicas e celebrá-las de formas inventivas, dando primazia ao saber dos artesãos cujas peças assim respiram vida nova. Assim, a Loewe contratou artesãos da Galiza e pediu-lhes que recuperassem, e até reimaginassem, diferentes cestos de diferentes pontos do mundo. Com base nas fibras naturais dos mesmos, seja verga ou palhinha, bambú ou outros materiais locais, e aliados ao couro, aqueles deram largas à imaginação e à mestria que conhecem de cor.
A ideia era partir da antiga arte japonesa do kintsugi, isto é, a beleza dos objectos antigos reparados, encontrados ou feitos a partir de materiais excedentários. O que, já de si, é uma arte antiga de futuro - e não podia fazer mais sentido neste tempo de viragem para a sustentabilidade e a produção que pensa no planeta.
O resultado são peças únicas, claro, e onde encontramos uma alma e um espelho dos tão desejados acessórios que Anderson desenha para a marca espanhola de luxo. Se pudesse, a Versa ficava com todos.