Saramago, Os seus nomes, um álbum biográfico.
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Um livro para este fim de semana? Saramago, Os seus nomes, um álbum biográfico.

O álbum biográfico de José Saramago saiu esta primavera, e exibe mais de 500 fotografias do Nobel da Literatura, algumas inéditas, mas também cartas, excertos de diários e outros textos. O prefácio é de António Guterres.

Não vale a pena falar muito sobre um livro, primeiro porque o importante é desfrutá-lo, segundo porque vai ser aquele exemplar a brilhar e a saltar à vista na montra da sua livraria de bairro. No ano do centenário de nascimento do nosso único prémio Nobel da Literatura, ainda que merecêssemos mais, a sua fundação homónima e a Porto Editora lançam este Saramago, os seus nomes, que nos leva numa viagem à biografia do escritor, às suas pessoas, lugares e acontecimentos.

A maioria dos textos publicados é do escritor, mas o livro é curiosamente organizado e assinado por dois autores estrangeiros, Alejandro García Schnetzer e Ricardo Viel. O primeiro é graduado em Buenos Aires e Barcelona, autor, tradutor e diretor de coleções, já fez trabalhos semelhantes com a obra de Julio Cortázar, Eduardo Galeano, Clarice Lispector, Pablo Neruda, entre outros, e de José Saramago já editara editou os álbuns O Silêncio da Água, O Lagarto e Uma Luz Inesperada. O segundo é um jornalista nascido em São Paulo, mas que veio estudar para Salamanca e além de colaborar com publicações com a revista Piauí e os jornais Valor Económico e Globo, é diretor de comunicação da Fundação José Saramago há nove anos e já organizou vários livros sobre o escritor português.

No prefácio, o ex-primeiro ministro português, e hoje Secretário-geral da ONU, António Guterres, liga esta coleção de fotografias à palavras do escritor em palavras bonitas como estas: «É importante continuar a revisitar a consciência ética presente na obra de José Saramago. Essa consciência mantém, hoje, a sua acuidade, tanto na condenação da exclusão e das desigualdades como na importante mensagem sobre a necessidade de “reivindicarmos o dever” de defender e fazer cumprir os direitos que a todos e cada um são conferidos. Esta fotobiografia contribuirá, confio, para que mais leitores relembrem ou descubram a exortação a que “os cidadãos comuns tomem a palavra e a iniciativa” – e não prescindam nunca desse direito.»

 

Nécessaire

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