Donald Trump | Fotografia: Getty Images, Kevin Dietsch
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Trump associou o Tylenol ao autismo e as pesquisas dispararam. Que medicamento é este?

Segundo Donald Trump, existe a possibilidade de que um dos fármacos mais utilizados no mundo, o paracetamol, esteja relacionado com o risco de autismo. É mesmo assim?

Donald Trump está sempre entre os nomes mais pesquisados em motores de busca, como o Google, mas, agora, além do seu, conseguiu, colocar o nome de um medicamento nas tendências de pesquisa, o Tylenol, e não pelos melhores motivos. 

Como assim? Durante a passada segunda-feira, 22 de setembro, o presidente dos Estados Unidos (EUA), anunciou que o governo vai "recomendar que as mulheres reduzam significativamente o consumo de paracetamol durante a gravidez, devido ao receio de que este fármaco possa estar estar relacionado com o autismo", lê-se na CNN Portugal

Muitos podem não saber, mas o Tylenol é um medicamento à base de paracetamol, muito semelhante com outros comercializados no nosso país, como o Ben-U-Ron. Este ingrediente ativo tem uma "ação analgésica e antipirética", normalmente, utiliza-se "no tratamento da dor leve a moderada e febre", lê-se no website da Ordem dos Farmacêuticos

Doses excessivas podem "causar danos irreversíveis no fígado", chegando mesmo a ser fatais em alguns casos, ou "resultar na necessidade de um transplante". Também podem "ocorrer danos nos rins, como resultado de um uso prolongado ou doses excessivas".

É, no entanto, considerado "o analgésico e antipirético de primeira escolha", segundo a mesma entidade. É também considerado um "medicamento seguro na gravidez", explica a Lusíadas, rede de saúde portuguesa, mas não deve ser tomado sem orientação médica. 

Entretanto, a European Medicines Agency (EMA) partilhou alguns esclarecimentos e Steffen Thirstrup, diretor médico da organização, explicou que "o paracetamol continua a ser uma opção importante para tratar a dor ou a febre em mulheres grávidas".

Realçando que esta recomendação "baseia-se numa avaliação rigorosa dos dados científicos disponíveis" e explica que "nunca foram encontradas evidências de que tomar paracetamol durante a gravidez causa autismo nas crianças". 

Por exemplo, em 2019, a EMA analisou os estudos disponíveis que investigavam o desenvolvimento neurológico de crianças expostas ao paracetamol no útero e concluiu que "os resultados eram inconclusivos e que não era possível estabelecer qualquer ligação com distúrbios do desenvolvimento neurológico", lê-se online. 

Segundo a organização, "quando necessário, o paracetamol pode ser usado durante a gravidez". Tal como qualquer "medicamento para tratamento agudo, deve ser usado na dose eficaz mais baixa, pelo menor tempo possível e com a menor frequência possível". 

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