Casa da Calçada
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15 milhões investidos em casa portuguesa que se transforma em hotel

Há um novo hotel fruto de um avultado investimento... na recuperação do passado de Portugal. Contamos a história da Casa da Calçada.

No coração da histórica cidade de Amarante, reabre uma casa onde o passado e o futuro se unem. A Casa da Calçada, um imponente palacete barroco com raízes no século XVI, renasce agora como um hotel de cinco estrelas, fruto de um investimento de 15 milhões de euros e mais de dois anos de trabalho de renovação.

O que em tempos foi casa senhorial e palco de encontros políticos e culturais, volta a abrir as portas ao público, não como um simples edifício histórico reabilitado, mas como uma experiência de lazer de luxo, da hospedagem à hotelaria, projetada pelo empresário Manuel António da Mota. O passado é mantido através da elegância sóbria e sofisticação discreta e o presente ganha forma através de um conforto contemporâneo, num trabalho conjunto de reabilitação feito pelo arquiteto Pedro Guimarães e a designer de interiores de Pilar Paiva de Sousa. 

A história da Casa da Calçada começou com o Conde de Redondo no final do século XV, quando a propriedade foi doada à família, e desde então esteve ligado ao curso político do país. Foi sede do comando aliado aquando da segunda invasão francesa, foi alvo de dois incêndios que colocaram a casa à prova, resistindo sempre para contar novos capítulos. Outro deles tem o nome de António do Lago Cerqueira, descendente dos Condes de Redondo, que recupera a Casa da Calçada, mantendo a traça barroca à qual somou elementos neoclássicos. 

Já Manuel António da Mota é o empresário deste século que é responsável por trazer de volta a Casa da Calçada, trabalho que foi continuado após a sua morte, em 1995, pela filha Paula Mota, que manteve a visão do pai de fazer deste "um lugar que não apenas recebesse bem, mas acolhesse como um verdadeiro lar".

A nova Casa da Calçada apresenta assim 35 quartos, com tipologias que vão do Clássico à Panoramic River View, todos com uma ligação íntima ao rio e à cidade. Mas é à mesa que o hotel revela algumas das suas propostas mais surpreendentes.

O icónico restaurante Largo do Paço, que antes do fecho para obras detinha uma Estrela Michelin, regressa com toda a pompa, mantendo a sua tradição de excelência gastronómica sob a batuta do Chef Francisco Quintas. Com duas ementas de 13 e 15 momentos, esta é uma viagem sensorial que desperta todos os sentidos, incluindo a audição, já que uma playlist escolhida pelo próprio Chef acompanha toda a refeição 

A oferta gastronómica é ainda enriquecida com o regresso do Chef Emiliano Savio ao restaurante Canto Redondo, no qual reinventa a cozinha de conforto com ingredientes locais. Já o restaurante À Margem foca-se em refeições leves do pequeno-almoço aos snacks, enquanto se desfruta de uma vista deslumbrante sobre o Tâmega. Por fim, o Ciao Tílias debruça-se sobre a gastronomia italiana, com pizzas finas e, mais uma vez, o rio Tâmega de frente.

Para além de todos os estes espaços, de bem comer e bem dormir com história em redor, falta falar de um lugar para desfrutar com tempo. Tempo é, por isso, o nome do spa que ocupa de dois pisos incrustados sob o
vinhedo da Casa da Calçada, que tem uma vasta oferta de bem-estar. Inclui piscina interior aquecida, sauna, banho turco, ginásio e uma carta completa de terapias, tudo para desfrutar num espaço coberto de pedras autóctones, granito e xisto. 

O novo hotel é assim como um portal para a história do país, pronto para bem-receber famílias e todos os que queiram desfrutar de um pedaço do passado de Portugal.

E quanto custa uma noite neste novo hotel de cinco estrelas? Segundo uma simulação no site da Casa da Calçada, custa desde €214 em maio. 

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