É o maior tubo lávico de Portugal, tem uma extensão de mais de cinco quilómetros, e pode ser visitado. Falamos da Gruta das Torres, na ilha do Pico, nos Açores, descoberta em 1990, e a maior gruta vulcânica conhecida neste arquipélago até ao momento.
Esta estrutura terá sido originada devido a uma erupção vulcânica ocorrida há cerca de 1500 anos, encontrando-se no interior estalactites, estalagmites lávicas, paredes estriadas, bancadas laterais e bolas de lava.
Apesar de a Gruta das Torres ter mais de um acesso, a entrada é feita pelo Algar da Ponte. Durante o trajecto de visita é possível verificar a transição da paisagem natural muito arborizada a transformar-se num ambiente vegetal diferente, com musgos e líquenes que estão nas paredes e no solo da gruta.
A visita da Gruta das Torres acontece ao longo de 450 metros e dura aproximadamente uma hora. A temperatura no interior é constante ao longo do ano, mantendo-se nos 15ºC, com uma amplitude de 3ºC e uma humidade relativa do ar entre 70% e 100%.
Durante a visita, os visitantes usam equipamentos próprios para conhecer o interior da gruta, tais como capacete e equipamento individual de iluminação, que estão incluídos no valor do bilhete.
Em 2006, o Centro de Visitantes da Gruta das Torres foi finalista da comissão da seleção portuguesa da V Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo. Foi também nomeado, em 2007, para o prémio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe e, em 2009, obteve o 1.º lugar no Prémio Nacional Tektónica, da Ordem dos Arquitetos.
Os bilhetes podem ser adquiridos através do site dos parques naturais dos Açores e custam €10. De momento, por motivos de segurança, o acesso à gruta está suspenso até ao final de agosto, sendo retomado a partir de setembro.