Existe uma pequena capela em Lisboa que pouca gente visita, pois está inserida num edifício da baixa pombalina.
A igreja de Nossa Senhora da Oliveira foi reconstruída em 1762, noutro local, depois de a estrutura original, que remonta a 1262, ter sido destruída na sequência do terramoto de 1755.
A sua fachada é tão discreta que facilmente podemos passar por ela, na rua de São Julião, sem a notar.
Apesar de a história da sua fundação não ser unânime, a sua construção é atribuída a Pedro Esteves, um mercador abastado de Guimarães, e à sua mulher, Clara Geraldes, cujas sepulturas foram encontradas no interior.
No interior da igreja encontra-se um conjunto de painéis de azulejos da Real Fábrica de Louça do Rato, fundada em 1767 pelo Marquês de Pombal, que ficou conhecida pela inovação e requinte das suas louças.
“Os painéis recortados apresentam ricas molduras de motivos concheados e vegetalistas, querubins e anjos que se estendem a todas as paredes da nave e do altar. A temática é dedicada à vida da Virgem. Apesar de executados no final do século XVIII, durante o reinado de D. Maria I, remetem, em estilo, para o barroco azul e branco de D. João V (1706-1750)”, pode ler-se no site getlisbon.com.
No altar da igreja encontra-se a padroeira Senhora da Oliveira, existindo uma imagem de Rita de Cássia, santa de grande devoção popular, que é proveniente da antiga igreja de São Julião.