Há um ranking internacional em que Portugal se destaca por boas razões, seguindo uma tendência inversa ao que se verifica noutros países do mundo.
No Indíce Global da Paz 2024, Portugal surge em 7.º lugar, apenas ultrapassado pela Suíça, Singapura, Nova Zelândia, Áustria, Irlanda e Islândia. O relatório revela uma diminuição da paz global, com 97 países a registarem resultados negativos no ranking em relação a outros anos, enquanto 65 nações melhoraram os seus indicadores de segurança. Portugal, por sua vez, continua a ser um dos países mais pacíficos do mundo.
O impacto económico da violência na economia global é quantificável: em 2023, representou 19,1 biliões de dólares em termos de paridade de poder de compra (PPC), ou 13,5% do PIB global total - o que representa menos 2.380 dólares de produção económica para cada pessoa no planeta. Este valor representa um aumento global de 158 mil milhões de dólares em relação ao ano anterior e foi, em grande parte, impulsionado por um aumento de 20% nas perdas de PIB resultantes de conflitos. Entretanto, as despesas com os esforços de construção e manutenção da paz totalizaram apenas 49,6 mil milhões de dólares, menos de 0,6% do total das despesas militares.
Estas são as conclusões mais significativas do Índice de Paz Global de 2024, o principal indicador mundial de paz global. Compilado pelo think-tank internacional Institute for Economics and Peace (IEP), o abrange 163 Estados e territórios independentes que albergam 99,7% da população mundial. A classificação, que se baseia em 23 indicadores agrupados em três critérios (segurança social e segurança; extensão do conflito nacional e internacional em curso; e grau de militarização), mostra 65 países a registar melhorias e 97 a mostrar deterioração, mais do que em qualquer ano desde o início do Índice de Paz Global em 2008.
Portugal é um país que se destaca quando se trata de paz e segurança. Nos últimos dez anos, Portugal passou do 18.º lugar que ocupava em 2014 para o top 10. Em 2024, Portugal desceu um lugar no ranking em relação ao último relatório.