Trabalhamos para viver, mas há quem viva para trabalhar. De qualquer forma, as probabilidades estão do lado de quem trabalha menos dias por semana.
Não faltam exemplos de países que implementaram a política dos 4 dias de trabalho e cujos resultados provam que a produtividade não diminui. Aliás, em alguns casos, há empresas que garantem um acréscimo da motivação do trabalhador, o que se manifesta em melhores resultados. Boas notícias, se chegar a Portugal…
Mas com uma nova experiência levada a cabo pelo Reino Unido, quero acreditar que estamos mais próximos de conseguir rentabilizar o trabalho e tirar mais proveito dos dias de descanso. Do meu ponto de vista, estamos a falar de uma situação win-win, mas se não passei pela experiência, apenas posso contar com os dados.
Se a Islândia, Nova Zelândia, Japão ou até a nossa vizinha Espanha não nos chegam de exemplo, o Reino Unido aposta agora numa experiência conduzida pelo 4 Day Week UK, em parceria com investigadores da Universaidade de Cambridge, de Oxford e Boston College. Este é um projeto piloto com a duração de seis meses, a finalizar no próximo mês de novembro. Conta com quase 4 mil trabalhadores, de 70 empresas diferentes, a trabalharem 80% do que diríamos ser uma semana de trabalho habitual. A promessa do lado dos empregadores é a de manterem 100% da sua produtividade.
Quando chegarem ao fim da experiência, a empresa decide – tendo por base a produtividade e o bem estar dos trabalhadores – se querem manter o novo horário de trabalho
Espero que esta seja uma experiência a ser estabelecida no nosso país e não por querer trabalhar menos, ou porque procrastinar seja um lema de vida, mas porque bem-estar gera motivação que, por sua vez, cria melhores dias de trabalho.
Amanhã estamos de volta ao trabalhão, mas, até lá, digam-me - estou errada?