Shōgun, Hacks e Baby Reindeer, podem ser as grandes séries do momento, ainda para mais após terem sido premiadas na cerimónia dos Emmy Awards, mas nada sabe melhor do que aliviar a cabeça com clichés e uma comédia romântica que funciona como fast food: é fácil de adquirir, não nutre propriamente, mas no final vai sempre saber pela vida.
Assim é com Ninguém Quer Isto, sitcom que já ocupa o primeiro lugar no top dez das séries mais vistas em Portugal. A narrativa principal baseia-se na história de Joanne (Kristen Bell), uma agnóstica que partilha com a irmã, Morgan (Justine Lupe), um podcast sobre relacionamentos, sexo e emancipação feminina e que se apaixona por um rabino que acaba de terminar com o noivado.
Os contratempos de uma relação condicionada pela religião são previsíveis, mas a cada 20/30 minutos é difícil não continuar a alimentar este guilty pleasure e carregar no play para mais um episódio. É num deles entá uma personagem com a qual não simpatizamos muito, Bina, a mãe do rabino que se opõe ao relacionamento com Joanne.
E quando Bina nos aparece no ecrã, damos conta de que nos faz lembrar alguém... mas quem? Nada mais nada menos do que a Rainha Sofia de Espanha.
À primeira vista parecem a mesma pessoa, dadas as feições semelhantes e até o cabelo curto estilo bob, mas tudo o resto as separa: a Rainha Sofia é natural da Grécia, assume funções reais na monarquia espanhola e tem 85 anos, já Tovah Feldshuh é norte-americana, é atriz, cantora e tem 75 anos.
Apesar de já estarmos esclarecidos, durante uns tempos não vamos conseguir deixar de olhar para a Rainha Sofia como a sogra detestável sobre quem se diria Ninguém Quer Isto.