Foram precisos 30 anos para descobrir qual a melhor dieta antienvelhecimento e os resultados estão, finalmente, à vista.
Não é um elixir milagroso, mas é uma ajuda para retardar os sinais de envelhecimento, como a perda de massa óssea e a falta energia.
Para que isso não seja problema, os investigadores da Universidade de Harvard concluíram que uma dieta com base no Alternative Healthy Eating Index (AHEI), isto é, um índice de alimentação saudável desenvolvido pela Harvard School of Public Health que tem o fim de avaliar a qualidade da alimentação de uma pessoa com base no seu potencial de prevenção de doenças crónicas, é a ideal.
Ora mais de 105 mil pessoas foram acompanhadas ao longo de 30 anos e os investigadores compararam a forma como as dietas de cada um correspondiam aos oito conjuntos de diretrizes de alimentação saudável, que inclui também a dieta mediterrânica e a dieta com comidas ultra processadas. Ao fim de décadas, o método AHEI foi aquele que apresentou os maiores benefícios num total de 9.771 pessoas com 70 anos, que mostraram ter 86% mais chances de serem saudáveis do que outros.
Para além disso, uma dieta baseada no AHEI também revelou maiores vantagens na função física e na saúde mental dos indivíduos.
Mas, voltando à alimentação, afinal o que prioriza a dieta AHEI?
"Uma maior ingestão de frutas (no geral e frutas vermelhas) e vegetais (no geral, folhas verdes e amarelo escuro) está associada a uma maior probabilidade de envelhecimento saudável, enquanto uma maior ingestão de gorduras trans, sódio, carnes (total, vermelha e processada e não processada) e bebidas alcoólicas destiladas está associada a uma menor probabilidade de envelhecimento saudável", pode ler-se no relatório do estudo publicado na revista científica Nature Medicine.
Em suma, adotar uma dieta saudável o quanto antes parece ser a chave para o antienvelhecimento.
"Entre os oito padrões alimentares analisados neste estudo, a dieta desenvolvida para prever o risco de doenças crónicas, conforme avaliado pelo AHEI, poderá oferecer o maior benefício para um envelhecimento saudável, tanto em homens como em mulheres. Para além da prevenção de doenças crónicas, os nossos resultados alargam as recomendações no sentido de promover um envelhecimento saudável no geral, abrangendo a saúde cognitiva, física e mental", rematam os investigadores de Harvard.