Para a maioria dos portugueses, a escolha de uma cerveja tende a ser uma escolha simples e há sempre os que são fieis à Super Bock e outros tantos à Sagres. Com pouco mais de um euro, deleitamo-nos com uma imperial fresquinha e há poucas coisas que nos sabem melhor, num final de tarde quente.
Mas e se nos dessem uma cerveja bem mais gelada do que a que estamos habituados e nos dissessem que era uma iguaria rara? Experimentávamos. E se tivéssemos que pagar mais de mil euros por um gole desse néctar dos deuses? Muitos ficavam pela imperial do café de esquina.
Estamos a falar de uma cerveja produzida com água da Antártida, mais concretamente com o gelo de icebergs. Uma raridade, não apenas pela produção peculiar, mas porque apenas 30 garrafas foram produzidas, sendo, por isso, vendidas em leilão e podem ultrapassar os 1700 euros por 500 ml de bebida. Parece caro demais para algo que vai bem com tremoços, mas o valor arrecadado nas vendas desta cerveja é destinado a uma organização que se dedica à preservação de baleias na Antártida.
Ainda que a vertente solidária tenha um peso na nossa decisão, acredito que não nos atrevemos a pagar tanto, num país onde encontramos das cervejas mais saborosas (ainda que não haja estudos que sustentem a minha afirmação, estou confiante que a maioria concorde comigo).