Mulheres com Tomates
Gourmet

As mulheres também têm tomates… na cozinha

Cinco chefs juntaram-se ontem para falar de gastronomia, mas também de e representatividade e resiliência

A adega do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras, encheu-se ontem para a quarta edição de Mulheres com Tomates, mais uma vez organizada pela NUTS Branding que desafiou cinco convidadas a partilhar as suas experiências enquanto chefs mulheres que gerem os seus restaurantes, todos de referência em cada cidade que representam.

São elas Ana Moura do restaurante Lamelas, em Porto Covo, Angélica Salvador do restaurante In Diferente, no Porto, Maria Solivellas do Ca na Toneta, em Mallorca, Marlene Vieira do lisboeta Marlene e Noélia do Noélia & Jerónimo, em Tavira. Depois de dois anos de interrupção do evento devido à pandemia, foi evidente a força e capacidade de reinvenção que todas demonstraram ter em tempos de portas semi-fechadas.

Marlene, que dirige um restaurante na capital, por isso serve tantos turistas, sente-se “responsável pela representação da gastronomia portuguesa”, a que considera mais “agarrada às raízes dos sabores e produtos portugueses, mas sem deixar de evoluir e experimentar novas técnicas”. Porque, acrescenta, “ser chef é ser alquimista”.

“No Algarve, sei que sou uma marca, sei que o Noélia representa o Algarve” afirma Noélia Jerónimo, com a consciência de que a sua casa tem esse peso por ser um sucesso há tantos anos. Tenta explicá-lo na relação que estabeleceu com os fornecedores e o no respeito “pelos produtos da época que a natureza me dá, em cada altura, e que faz com que a tradição da minha casa se mantenha. Eu dependo da ria Formosa. Eu sou da ria Formosa e conto com o que ela me dá.” E em Porto Covo, sentimos que o espírito é o mesmo vivido por Noélia no Algarve. Ana Moura sublinhou a importância da relação que estabeleceu com quem lhe traz os produtos à cozinha e que, no caso do que esperava não estar disponível nesse dia, sabe exatamente o que vai querer em substituição. “Privilegio sempre os produtores locais.”

Na Foz, no In-Diferente, a chef Angélica Salvador, já muito portuguesa, mas brasileira de berço, é uma amante da gastronomia do país que a acolheu, mas introduz na sua cozinha alguma tradição que trouxe do seu país: “Para mim, o importante é a oferta da experiência que damos ao cliente”, diz orgulhosa da posição que conseguiu marcar durante os confinamentos, com serviços de take-away e delivery. De Mallorca veio Maria Solivellas e confirmou o que já tínhamos como ideia da cultura espanhola: “Somos muito agarrados às nossas tradições, à nossa cozinha e resulta se o fizermos bem feito.” Por isso, acredita que há uma relação “muito forte, entre o crescimento dos nossos restaurantes e a aposta do turismo local na promoção da cidade”.

Houve ainda tempo para uma experiência, pela mão da chef pasteleira Sara Soares, uma mousse de citrinos, gel de vinho de Carcavelos Villa Oeiras e um crocante de amêndoa que fez desejar por mais, e uma experiência sensorial da autoria de Patrícia Gabriel com prova de vinho de Carcavelos, que fechou em grande o evento.

 

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