Chef Hugo Guerra
Gourmet

Três pratos que te vão levar ao Lobo Mau

Foi a nova carta que nos fez regressar ao Lobo Mau, mas não resistimos a pedir aquele que já é o prato estrela do restaurante, o Hotdog de Camarão.

Já tínhamos na Versa escrito sobre o Lobo Mau e eu já tinha a certeza de que ia “embarcar numa viagem de maravilhas”, tal como descreveu a Francisca Salema. Mas como a carta é alterada de três em três meses, queremos sempre lá voltar para novas experiências e novos pratos. Ainda assim, há quem peça sempre o mesmo, mas eu aceito as sugestões do chef.

Ficámos na sala mais recatada, na "mesa do chef", como lhe chama Hugo Guerra, um chef que já dispensa apresentações. Um espaço decorado ao pormenor e, para minha grande surpresa, com várias peças feitas pelo próprio Hugo Guerra, ou não fosse ele um artista em várias áreas. O chef vai e vem, numa proximidade que se gosta e que nos dá a conhecer as suas inspirações, até ao resultado final que nos chega ao prato.

Para acompanhar o jantar, foi-nos recomendada uma sangria de pêssego. E ainda que seja mais do vinho, aceitei a sugestão e não me arrependi. Aliás, nunca provei uma igual.

Quem nos serve diz-nos que, antes mesmo de partirmos para os novos sabores do menu, há que experimentar o vencedor da carta que tem lugar cativo, o Hotdog de Camarão com molho tártaro (€7). Incrível, percebo o lugar cativo nesta carta.

Antes do prato principal, o chef põe a nossa resistência à prova e serve-nos um Brioche Corado com Vaca Tenra e Pickles (2 uni €8,5). Se há entrada que se deve partilhar é esta. Talvez também ela venha a ter lugar cativo na carta.

Na escolha do prato principal, somos surpreendidas com a participação do Lobo Mau na Semana Selvagem. A sugestão foi assim a de embarcar neste prato pensado exatamente para celebrar os produtos do mar com consumo responsável e sustentável de peixe selvagem. Um delicioso salmão selvagem corado, mexilhão da nossa costa, aberto ao natural, aveludado de cebola e ikuri (€16). A descrição é complexa e o sabor é simplesmente divino.

Para terminar, dizem-nos que não podemos deixar de experimentar a fatia dourada – Rabanada com Tempo, como se chama na carta (€7). Neste jantar sem pressa, com intervalos e conversas que nos permitiu respirar entre pratos, não foi possível negar a sobremesa. Provavelmente, a melhor fatia dourada que há em Lisboa, arrisco a dizer.

Daqui a poucos meses, temos nova carta e prometemos voltar.

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