Esta terça-feira, 25 de fevereiro, o Porto recebeu a segunda gala do Guia Michelin Portugal, realizada no Centro de Congressos da Alfândega. Este evento foi mais um momento marcante para a gastronomia portuguesa, destacando a diversidade e criatividade dos chefs nacionais.
Portugal continua sem um restaurante com três estrelas, mas a gala trouxe boas notícias para a indústria, com a atribuição de oito novas estrelas Michelin a restaurantes que nunca tinham sido distinguidos. Os novos estrelados incluem o Arkhe em Lisboa, o Blind no Porto, o Grenache em Lisboa, Marlene, em Lisboa, Oculto em Vila do Conde, Palatial em Braga, Vinha em Vila Nova de Gaia e Yoso em Lisboa.
Antes de Marlene Vieira, apenas outra cozinheira tinha conseguido esta distinção. Maria Alice Marto deteve uma estrela durante três anos no restaurante Tia Alice, em Fátima. Em 1992, Ilda Vinagre chegou a receber uma estrela no restaurante a Bolota na Terrugem, mas deixou o restaurante meses antes.
Além disso, a gala também destacou a sustentabilidade na gastronomia, com a atribuição de uma nova Estrela Verde ao Encanto de José Avillez, chefiado por David Formiga, que reconhece restaurantes comprometidos com práticas sustentáveis. A categoria Bib Gourmand, que premeia restaurantes que oferecem refeições acessíveis, também contou com cinco novos estabelecimentos, o Canalha de João Rodrigues e Lívia Rofino, em Lisboa, o Pigmeu de Miguel Peres, também em Lisboa, o Contradição de Óscar Geadas em Bragança, o Oma de Luís Moreira no Porto e o Terruja de Diogo Caetano em Alvados, totalizando 28 restaurantes com esta distinção.
Na noite em que Vítor Matos brilhou novamente ao receber duas estrelas Michelin, uma para o Oculto em Vila do Conde e outra para o Blind no Porto, a surpresa maior foi a distinção de Habner Gomes no YŌSO, de Rui Filipe no Palatial em Braga, e de Philippe Gelfi no Grenache em Lisboa. Entre os novos restaurantes agraciados, o Vinha em Vila Nova de Gaia, liderado por Henrique Sá Pessoa e Jonathan Seiller, também se destacou. O restaurante vegetariano Arkhe, de João Ricardo Alves, em Lisboa, conquistou uma estrela, embora não tenha havido uma presença no palco para receber o prémio.
O 100 Maneiras, de Lujbomir Stanisic, em Lisboa, foi o único restaurante a perder uma estrela Michelin.
A gala foi um tributo à herança gastronómica de Portugal, com um jantar servido por chefs como Rui Paula, Ricardo Costa e Vítor Matos, todos detentores de estrelas Michelin, acompanhados por outros seis chefs distinguidos com uma estrela, que juntos criaram um menu.
A gala foi apoiada por várias entidades, incluindo o Turismo de Portugal e Turismo do Porto e Norte, reforçando o compromisso do país em dar a conhecer a sua oferta gastronómica e turística.
Embora Portugal ainda não tenha alcançado a distinção máxima de três estrelas, a gala de 2025 mostrou um crescimento significativo do reconhecimento dos restaurantes nacionais. Com a inclusão de 35 novos restaurantes na categoria Recomendados, o país continua a consolidar sua posição como um destino gastronómico de destaque na Europa.
A expectativa é que, nos próximos anos, Portugal possa ver mais restaurantes a alcançar o patamar superior das duas estrelas, ou até mesmo a chegar à tão cobiçada terceira estrela.