A pastelaria-boutique do Bairro Alto Hotel dispõe de uma zona de balcão | Fotografia: DR
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Na nova carta de pastelaria do Bairro Alto Hotel corta-se no açúcar sem comprometer a qualidade

Cinnamon rolls, dónutes e café de especialidade são algumas das apostas da nova carta da pastelaria-boutique do Bairro Alto Hotel, em Lisboa.

Na pastelaria-boutique do Bairro Alto Hotel, em Lisboa, há sempre coisas a acontecer. Os clientes que chegam da rua cruzam-se com os hóspedes do hotel. Mas todos vêm à procura do mesmo. O balcão forrado a madeira em forma de ‘U’ é intercalado por duas vitrines em que estão dispostos cuidadosamente bolos de aspeto guloso em que nos detemos quando entramos no espaço. O propósito da nossa visita é o de conhecer a nova carta, que passa a incluir propostas mais conhecidas do público, como os cinnamon rolls ou os dónutes e clássicos da pastelaria portuguesa, como o pão de Deus (€2,50), combinando esta oferta com uma renovada aposta no café de especialidade. Mas já lá iremos.

Maria Ramos, chef pasteleira do Bairro Alto Hotel desde a reabertura em 2019, foi a responsável por pensar as novidades da carta, juntamente com Bruno Rocha, chef executivo da cozinha da unidade hoteleira. “Antes tentávamos ter uma pastelaria 100% portuguesa e estava a ser difícil os clientes perceberem a nossa ligação aos produtos portugueses”, explica.  “Acabámos por dividir a montra em dois: com bolos internacionais que todos conhecem, usando sempre produtos portugueses, e uma vertente tradicional portuguesa”, continua. 

Comum a todos os bolos servidos no hotel é a preocupação de dar a conhecer pequenos produtores nacionais e a redução do uso de açúcar sem comprometer a qualidade e o sabor do que é servido.

Na nova carta, lançada em março, as grandes estrelas são então o cinnamon rolls (€2) e os dónutes de chocolate negro e flor de sal e de iogurte com pistáchio (€3). Mas uma das novas entradas que mais interesse tem gerado é um bolo típico português. “O pão de Deus é mal cozido e fica achatado e é um dos que tem mais saída”, aponta a chef. 

O rolo de canela, que agora figura na carta, inspirou-se no folar de Olhão, cidade em que o chef executivo Bruno Rocha tem casa. O uso de alcaravia, uma especiaria semelhante ao cominho, descoberta numa recente viagem do chef a Marrocos, foi um dos ingredientes escolhidos para conseguir uma diminuição do açúcar utilizado. 

Nos dónutes, o chocolate utilizado não tem açúcar. “É de um produtor alentejano”, elucida Maria Ramos, frisando que a diminuição da utilização do açúcar é um tema central na pastelaria do hotel. “Estes bolos são vendidos em todo o hotel, durante o dia inteiro. Só assim é  possível oferecer um produto mais saudável”, afirma. 

Apesar de acreditar que os dónutes passariam a ser os bolos mais vendidos, esse prémio continua a estar entregue ao pastel de nata, uma opção que está desde o início na carta e que é confecionado de acordo com a versão lisboeta deste doce que tantos estrangeiros encanta. “O nosso leva banha de porco, de um produtor também do Alentejo. E usamos muitos aromáticos. Limão, canela, baunilha, laranja, para nos ajudar a não sentir falta do açúcar. Acaba por ser assim em todos os bolos e massas que fazemos”, reforça.

Outra novidade é a aposta em café de especialidade. A nova carta, que usa um lote exclusivo da marca nacional The Royal Rawness, tem opções como o tradicional expresso, mas também bebidas frias, como o mazagran tónico (€4,50) ou o cold brew (€3,50) – ambos ideais para os dias soalheiros que se avizinham.

Todas estas novidades e os bolos já presentes na carta – como o jesuíta (€3,50), a merenda folhada (€3,50) ou o pastel de nata (€1,50) – podem ser saboreados ao balcão, em casa, ou na Mezzanine, uma zona de estar do hotel no piso superior, que está aberta aos clientes passantes. O cuidado com a matéria-prima e os preços justos fazem da pastelaria-boutique do Bairro Alto Hotel um local de visita obrigatória para quem está a precisar de um docinho.

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