O novo Bartolomeu Bistro & Wine, no Porto
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Bartolomeu Bistro & Wine Porto: as viagens sabem melhor partilhadas

No Porto, há um novo restaurante onde a descoberta é o ingrediente principal e que presta homenagem ao navegador português Bartolomeu Dias.

Por vezes, é bom não saber ao que vamos. É ver o que ainda não vi, descobrir o que não conheço e experimentar tudo pela primeira vez.

A primeira paragem no Porto é no restaurante Bartolomeu Bistro & Wine, no Hotel Torel 1884 Suites & Apartments, bem no centro da Invicta.  Ambos acabarão por se revelar verdadeiras odes aos períodos da expansão marítima portuguesa, mas já lá irei.

Nem de propósito, estou acompanhada por uma amiga que conheci numa das minhas outras cidades – Istambul. A noite promete uma grande viagem.

O lugar é acolhedor para uma noite fria de inverno no Porto. A decoração do restaurante, assinada pelo gabinete Nano Design, inspira-se na temática da selva africana, onde se destacam elementos como as plantas, as madeiras e as ilustrações, como o início de um safari inesquecível.

Há uma narrativa que envolve e seduz à primeira vista e que se completa quando nos indicam a sala do cofre (no passado foi mesmo a antiga caixa-forte de um banco) e onde jantamos rodeadas pelos melhores vinhos. Com o teto em arco e forrada a pedra, a garrafeira é um espaço intimista para jantares privados, sendo possível escolher entre o menu do restaurante e os dois menus temáticos: o Cabo da Boa Esperança e o Cabo das Tormentas, que incluem harmonização vínica.

Numa viagem marítima, como a que aqui se promete, há três momentos cruciais: a Partida, a Travessia e a Chegada. Momentos que marcam também o Menu do Bartolomeu Bistro & Wine, criado pelo Chef Miguel Neto.

E, como comecei por escrever, qualquer viagem sabe melhor quando é partilhada.

As culturas dos vários continentes estão refletidas nos diferentes momentos. No nosso caso optámos por partilhar da Partida o pão com manteiga e azeite; da Travessia os cogumelos, gema de ovo e batata; a panqueca japonesa com maionese de togarashi e cebolete; o ceviche de choco com cevadotto e lima; e da Chegada o crumble de maça, amêndoa e baunilha.

Foi também uma noite em que fomos viajando por Portugal através dos vinhos servidos: o Soalheiro Alvarinho de 2019; o Soalheiro Germinar de 2020; o Lacrau Douro 2021; o Herdade DaCalada Baron B. Reserva 2019 e o Porto Manoella 10 anos.

Com as influências de um clássico bistro, elegante e descontraído ao mesmo tempo, o Bartolomeu convida à partilha, deixando a sugestão de escolha de quatro a cinco pratos.

Anthony Bourdain disse que “a boa comida é, na maior parte das vezes, quase sempre, comida simples” e a máxima aplica-se também aqui, com pratos compostos por três ou quatro elementos essenciais. No entanto, por detrás desta simplicidade, está muita preparação numa cozinha aberta para a sala.

E como sou das que regressa aos sítios onde fui feliz, é certo que voltarei ao Bartolomeu para uma nova viagem. 

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