Balagan | Fotografia: D.R.
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Balagan: onde o Médio Oriente e Portugal se juntam num húmus

O novo restaurante da Ericeira, o Balagan, tem um húmus especial e novas opções de inverno na carta. É um caos que dá vontade de provar.

A palavra hebraica balagan significa “caos simpático”. Não deixa de ser curioso o facto de termos ido conhecer o Balagan, um novo restaurante na Ericeira, num dia de sol que se seguiu ao caos nada simpático que atingiu Lisboa após uma tempestade inesperada.  

Esta feliz coincidência foi como que o anunciar de que algo bom seria apresentado no espaço fundado pela chef Katharina Grafl, depois de o ter testado em formato pop-up no Selina Ericeira.

No edifício no qual funcionou em tempos uma famosa discoteca na Ericeira, a Virtual, está, desde setembro de 2022, o restaurante Balagan, que dá lugar à dança de talheres que levam à boca a gastronomia do Médio Oriente e do Mediterrâneo. 

Ao contrário dos demais na zona, com vista mar e marisco na ementa, o Balagan tem outro conceito.

“É uma cozinha diferente, mas os ingredientes base são os mesmos. Porque consigo comprar tudo fresco aqui: todas as ervas, os produtos base, como o grão de bico, que é um dos ingredientes principais da cozinha portuguesa. Então há essa conexão [gastronómica]”, afirma a chef

Há 15 anos que a chef Katharina Grafl está ligada à área da hotelaria e restauração e, quando em 2022 a Câmara Municipal da Ericeira lançou um concurso para reabilitar o edifício emblemático, Katharina tentou a sua sorte e acabou por vencer. Sozinha, a chef austríaca (a viver em Portugal desde 2017) pôs então o sonho de pé num edifício com dois pisos.  

“A ideia foi criar uma casa de praia para todos. Para se sentirem confortáveis e para virem com areia nos pés e vestido de praia, mas também para chegarem à noite mais dressed up e desfrutarem de um ambiente mais chique”. 

Para isso, a chef recorreu à designer Ingrid Aparicio, do Studio Bacana, que se focou nos tons da terra e do mar da Ericeira para criar um caos harmonioso. 

Quando o Médio Oriente e Portugal se juntam à mesa 

A carta do Balagan reflete o gosto da chef Katharina Grafl pela cozinha do Médio Oriente e há momentos para desfrutar de manhã à noite. 

Quem é de acordar cedo, pode começar o dia com uma oriental frenchie, babka (pão trançado) de chocolate estilo "rabanada“, labneh doce, tahini, dukkah e molho de frutos vermelhos (€7.80), com uma tigela de granola (€5) ou com o completo pequeno-almoço Balagan (€8.50). 

Já quem vai ao almoço, tem uma imensidão de pratos para partilhar, alguns deles, novos na ementa que é feita de acordo com os ingredientes da estação.  

São eles a couve rouxa grelhada com queijo gorgonzola, dukkah de castanhas, uvas assadas e o estufado oriental, com rabo de boi, romã e puré de batatas - pratos que só entram na carta em janeiro. 

Até lá, não pode faltar numa refeição com vista mar no Balagan, o húmus de camarão à bulhão pato, no qual a gastronomia portuguesa e do Médio Oriente se encontram. 

Na lista de pratos a provar, está ainda o falafel de pipocas, o choco frito com especiarias do oriente e molho amba aioli e, claro, as sobremesas, nas quais se incluem o novo pudim de leite, com knafeh, pistácio e caramelo laranja.  

O Balagan fica na Praia do Sul, Ericeira, e o deli-café funciona todos os dias das 9h às 18h, enquanto o restaurante está aberto de segunda-feira a quarta-feira, das 12h30 às 23h.

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