Vamos às compras? A preparação de uma bela sardinhada começa no mercado. Se escolheres as melhores sardinhas, metade do caminho para o sucesso está concluído.
Prefere as frescas às congeladas e evita aquelas que são demasiado grandes. Se as tentares dobrar levemente, garante que estão rijas, que têm os olhos límpidos e salientes, as escamas firmes e a guelra vermelha. Se as guelras tiverem um tom acastanhado, desconfia. É sinal que já não vêem o mar há algum tempo.
Escolhida a melhor sardinha, vamos ao tempero, ao único que deves utilizar: sal grosso. Há quem diga que o sal se coloca imediatamente antes de ir para grelha, mas o método mais consensual é outro: deves salgá-las uns 20 minutos e, regra geral, basta um pouco diretamente na guelra.
A grelha deve estar bem limpa e quente, para que o peixe não agarre. Se for necessário, queima-a com a chama do carvão durante alguns minutos para libertar todas as bactérias e odores que possa ter.
O carvão deve ser de boa qualidade, em pedaços sólidos, de dimensão média, que aguentem bem o calor sem fazer chama. Os pedaços pequenos só sujam as mãos e não vão fazer uma boa brasa.
Deve queimar uns 30 minutos antes de receber as primeiras sardinhas. Quando achares que está no ponto, verifica se os pedaços estão pelo menos 80% brancos. Se ainda tiverem pretos, deves esperar mais um pouco, porque senão, assim que juntares a sardinha, os óleos gordos vão pingar, acelerar a combustão e as chamas vão aparecer.
Uma vez na grelha, a sardinha ficará pronta em pouco tempo, basta assar entre três a cinco minutos de cada para não ficar muito seca. Tenta nunca desviar o olhar do assador porque basta uma pinga de gordura para atiçar o fogo e estragar todo o teu trabalho.
No final, esquece o prato e serve esta iguaria por cima de uma fatia de pão. Uma dica? Experimenta pão torrado e vais terminar a refeição a lamber os dedos.