Paula's Ibiza collection 2022
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O novo Paula’s Ibiza Eclectic cheira a verão

A Loewe presta homenagem à alegria colorida de Ibiza numa colecção-cápsula de moda muito peace and love e agora com um novo perfume que cheira a evasão, alegria e dias quentes.

Armin Heinemann queria mudar de vida quando chegou a Ibiza, vindo da Alemanha, há 50 anos. Comprou uma velha loja na zona antiga de Ibiza, na Calle de la Virgen, e, sem planear, criou um fenómeno que marca, até hoje, a estética boémia dos anos 70, copiada por tantos nas ruas, como símbolo de liberdade e despreocupação, e que as passerelles, espelho do seu tempo, nunca deixaram de abraçar.

Um dia encontra o americano Stuart Rudnick, outro nómada e expatriado vindo dos Estados Unidos, que vendia ervas variadas no centro histórico de Ibiza e tinha um sentido de humor e uma visão únicos - e a fórmula do sucesso estava destinada. Descobriu ainda a costureira Antonia, que fazia um lindo trabalho com agulhas e linhas coloridas, e inspirado pela belíssima paisagem onde ela trabalhava, deu à sua nova loja o nome da filha de Antonia, Paula.

As roupas que começou a vender espelhavam o seu evidente amor à natureza daquela ilha, em estampados com motivos naturais e muito vivos que até hoje todos reconhecemos como sendo “o estilo Ibiza”. Com o crescimento de uma comunidade hippie chique, que encheu a ilha de Ibiza de estrangeiros ao longo dos anos, a boutique não só se tornou no ponto de encontro das mulheres mais livres, como as começaram a desfilar a suas peças na rua, tornando-se numa espécie de musas.

Se Heinemann tratava do negócio e do marketing, Rudnick era o criativo, desenhava e fazia o styling mirabolante e cheio de vida que ficou para a história da moda. “Nós não vendemos apenas uma peça de roupa, ou vestuário, mas a energia que a costureira dedicou aos tecidos”, disse Armin. E por muito que apregoasse o que é genuíno, a Paula’s atraiu as celebridades e um séquito de fascinados atrás delas, e uma dia a capa da Vogue veste as suas criações em Ursula Andress e estava criado um mito.

É esta aura nascida em Espanha que a Loewe agora absorve. A cor e os padrões naturais são ADN da  marca desde sempre, mas ganharam luz e vida, e uma grande quantidade de seguidores para além, das mulheres chiques espanholas, quando o inglês Jonathan Anderson se torna o designer principal da casa de alta-costura. À sua maneira, também ele fez uma revolução, com um olhar super exigente e culto e uma estética minuciosa, cuidada e desopilante, mas vinda de um pensamento elaborado e da simplicidade, contrastantes com o ambiente de hedonismo que a moda sempre gostou de veicular.

Anderson encontrou umas peças vintage da boutique Paula’s, fechada nos anos 2000, e amante como é de arts&crafts quis celebrar o espírito livre de Ibiza, e os 50 anos do fenómeno, através de uma coleção-cápsula. Que começa numa t-shirt com o rosto do seu fundador e continua numa festa onde cabem todas as cores e criaturas mágicas, a lembrar-nos de uma vida mais simples perto da natureza como num festival de verão: vestidos em linho e ponchos, hotpants e cetins, assimetrias e cut-outs, lenços e pareos, croché e plataformas, malas em ráfia (feitas a partir de desperdícios) e óculos desenhados como googles de mergulho. E um sem número de estampados alusivos ao mundo do gráfico do surf de LeRoy Grannis como geometrias coloridas e motivos naturais.

O novo perfume é uma continuação natural dessa alegria contagiante de Ibiza que a marca renova todos os anos na coleção estival Paula’s Ibiza dedicada à ilha do “escapismo, um mundo paralelo onde tudo é possível”, diz o seu mentor, “neste momento olho para Ibiza como um destino de festa sem fim.”

Esta segunda eau de toilette, Paula’s Ibiza Eclectic, é unissexo e as suas notas principais são quentes: madeiras, a flor de larajeira e o jasmim sambac, e notas frescas de tangerina de Madagáscar e pimenta. No seu coração também se sente o óleo essencial de incenso, segurados por uma base de coco, baunilha ylang ylang, musk e sândalo – tudo guardado num frasco em tons quentes e motivos naturais retirado do grande arquivo decorativo da casa Loewe..

Também aqui brilha a importância do trabalho muito cuidado de artesãos especialistas orientados pela perfumista Nuria Cruelles que contiua a explorar o fenómeno natural, na colecção Botanical Rainbow que quer ser uma expressão sensual e misteriosa dos sentimentos humanos, assim como a irresistível coleção de Home Scents. E ambas pretendem recuperar a antiga tradição dos botanistas, um slow living entretanto atropelado pela velocidade da modernidade e das redes sociais.

A imagem é da filha do grande fotógrafo de moda, Mario Sorrenti, Gray Sorrenti, na casa modernista Broners, um marco arquitetónico da ilha, que recebe uma grande festa que dura até de manhã e onde são evidentes todas as formas de escapismo e sensualidade - para viajar na galeria. 

 

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