Good Vibes Locket
Design e Artes

"Acreditamos que uma joia não é apenas um objeto bonito"

A marca portuguesa Wonther não é apenas uma marca de joias, nem estas são simples objetivos. Cada peça tem um significado, descodificado na rubrica diVERSA.

Maria Cunha e Olga Kassian iniciaram uma aventura em janeiro de 2020: o lançamento da marca portuguesa de joias Wonther. O foco é a criação manual de peças por artesãos joalheiros, respeitando os mais elevados padrões éticos e o significado que querem dar a cada peça. 

Isto porque, dizem, "uma joia não é apenas um objeto bonito" e para além de carregar um significado, no que diz respeito ao design são feitas para se adaptarem ao corpo, "como se fizessem parte de nós". Como é que isso é possível? É isso mesmo que explica à VERSA a co-fundadora da marca Maria Cunha, dando como exemplo tanto o novo medalhão Good Vibes Locket, como as emblemáticas alianças de casamento e anéis de noivado.

Revelamos tudo sobre a Wonther nesta entrevista diVERSA.

Quem são os fundadores da Wonther?

A Wonther nasceu da visão partilhada por duas mulheres com percursos distintos, mas complementares. Eu, Maria Cunha, tenho 49 anos e formação em Gestão e Marketing. A minha sócia, Olga Kassian, tem 27 anos e é formada em Engenharia e Gestão Industrial. Juntas, unimos experiência, inovação e um profundo compromisso com o impacto positivo no setor da joalharia.

Cada peça da Wonther é criada à mão em Portugal. O que implica este processo minuncioso?

O processo é exigente, não apenas em termos de produção, mas também de ética. Todas as nossas peças são criadas manualmente por artesãos joalheiros, respeitando os padrões de certificação do Responsible Jewellery Council (RJC). Utilizamos exclusivamente materiais cuja origem é livre de conflitos armados e de práticas de trabalho forçado, bem como de extração que não tenha impactos negativos no ambiente onde se encontra. Acreditamos que uma joia não é apenas um objeto bonito: deve carregar consigo uma história coerente com os valores que celebra.

A marca inspira-se em valores como o equilíbrio, o amor e a ambição. De que forma esses valores influenciam o design das coleções?

Procuramos criar peças que contem histórias com alma. O nosso design é sempre orgânico, com imperfeições intencionais que lembram a autenticidade da vida e das pessoas. Acreditamos que o verdadeiro luxo está naquilo que é único, humano e imperfeito.

Onde vão buscar as ideias para cada nova coleção da marca?

As ideias surgem de forma muito natural. Um exemplo é o Good Vibes Locket, inspirado no antigo medalhão da avó. Reinventámo-lo com uma dimensão mais esotérica, mas também profundamente pessoal. Gostamos de reinterpretar memórias com significado de forma contemporânea.

A Wonther celebra a individualidade e a jornada de cada pessoa. Como é que as vossas joias se tornam veículos de expressão pessoal e histórias únicas?

As nossas joias são criadas sem rótulos. Já desenvolvemos peças para celebrar a superação de doenças, casamentos ou datas especiais, no fundo todos momentos que pedem significado. Temos muito orgulho em ser escolhidas como marca de joalharia por quem visita Portugal: não para levar uma imagem tradicional consigo, mas uma visão moderna, ética e inclusiva do nosso país. É essa portugalidade contemporânea que representamos e da qual temos muito orgulho.

A Wonther destaca-se pela união entre design orgânico e responsabilidade ética. Como é que esse compromisso se traduz no processo criativo e na produção das vossas joias?

No design, optamos por formas orgânicas e adaptáveis ao corpo, joias que quando se usam, sentem-se como naturais, como se fizessem parte de nós. Um bom exemplo são as nossas alianças de casamento e anéis de noivado: são tudo menos convencionais. Não são “perfeitos” no sentido clássico, mas são mais ergonómicos, mais reais, como a própria vida a dois. No processo produtivo, temos poucos limites de design devido ao processo ético, porém quando falamos em pedras preciosas mais raras por vezes é muito complicado perceber a sua origem, e acabamos por ter de readaptar o design às que conseguimos de origem ética. 

Numa indústria frequentemente associada a práticas pouco transparentes, como é que a Wonther garante a rastreabilidade dos materiais e o respeito pelos direitos humanos e ambientais?

Trabalhamos com uma cadeia de produção totalmente rastreável. Todos os materiais têm certificação de origem e práticas de extração responsáveis. A produção das peças ocorre num ambiente controlado, com processos que garantem a não contaminação e o respeito por normas éticas e ambientais. É um compromisso que não abdicamos apesar de encarecer imenso as nossas joias, mas acreditamos que a beleza de uma joias deve ser transparente e verdadeiramente bonita.

Nécessaire

Testámos a cápsula que promete paz, amor e... menos vontade de estrangular o mundo

Podiam chamar-lhe pílula zen... são suplementos que prometem melhorar o teu Mood. Experimentámos e temos veredicto.

Design e Artes

IOL Footer MIN