Nos últimos anos, a medicina estética tem atravessado uma verdadeira revolução. Deixou de ser sinónimo de correção e passou a representar regeneração, prevenção e bem-estar global.
Na linha da frente desta nova abordagem está a Dra. Rita Sêco, médica especializada em medicina estética e regenerativa e fundadora da Galerie Clinic, um espaço no qual tecnologia e biologia se encontram para promover uma beleza mais saudável e autêntica.
Defensora de uma visão holística e integrativa, a Dra. Rita Sêco acredita que cuidar da pele é, acima de tudo, cuidar do organismo como um todo. Em entrevista à VERSA, partilha a sua perspetiva sobre as terapias mais inovadoras, o papel crescente da medicina regenerativa no combate ao envelhecimento e as tendências que irão moldar o futuro da estética nos próximos anos.
Nos últimos anos, temos assistido a uma evolução muito rápida da medicina estética. Quais considera serem as terapias mais inovadoras que estão a transformar a área atualmente?
Nos últimos anos, a medicina estética tem evoluído de procedimentos meramente corretivos e transformadores para abordagens regenerativas e preventivas. Hoje, tecnologias como lasers, bioestimuladores de colagénio, skinboosters com acido hialuronico hidratante, aminoácidos e vitaminas, e protocolos de luz e oxigenação (red light e câmara hiperbárica) estão a redefinir o conceito de rejuvenescimento. Estas técnicas estimulam a pele a regenerar-se de forma autónoma, com resultados naturais e duradouros. Para mim a medicina estética faz sentido se cuidarmos da pele desta forma, mais segura e mais saudável.
De que forma a sua abordagem holística e integrativa diferencia nos resultados obtidos face aos métodos tradicionais?
Na Galerie Clinic olhamos para o paciente de forma global, a pele é importante, mas é o resultado de um estilo de vida saudável e equilibrado. Cada tratamento é desenhado com base na biologia individual e não apenas no que se vê. Se olharmos com atenção, a pele e o corpo comunicam e "falam" sobre as duas necessidades mais urgentes. A integração entre estética, medicina regenerativa e performance permite equilibrar inflamação, oxigenação e metabolismo celular, potenciando resultados que vão muito além da aparência.
A medicina regenerativa tem ganho cada vez mais relevância no combate ao envelhecimento. Que avanços destaca nesta área e de que forma estes tratamentos contribuem para resultados mais naturais e duradouros?
A medicina regenerativa trabalha na origem do envelhecimento, enquanto que a medicina estética tem como foco principal a sua consequência. Os avanços mais relevantes incluem o uso de bioestimuladores, plasma rico em fatores de crescimento, e protocolos com suplementação que potencia a estimulação e produção endógena de colagénio e elastina. O resultado é uma pele com estrutura, vitalidade e memória celular preservadas.
Quais são os equipamentos ou técnicas mais disruptivas que introduziu recentemente e que têm maior impacto nos pacientes?
Introduzimos plataformas de laser fracionado híbrido e tecnologias de fototermólise seletiva, que permitem atuar em diferentes profundidades da pele com precisão. Aliadas a tratamentos de oxigenoterapia hiperbárica e terapias de luz regenerativa, conseguimos potenciar enormemente a recuperação celular e melhorar de forma mensurável a qualidade da pele.
Acha que há diferenças significativas na procura de tratamentos entre países, como Portugal e Espanha, por exemplo?
Portugal tem dado passos consistentes na medicina estética, mas ainda existe margem para evoluir na perceção pública de que estética é saúde. Em Espanha, esta área está mais enraizada e cientificamente mais valorizada. Contudo, vemos cada vez mais portugueses a procurar resultados naturais, sustentados e baseados em evidência, o que mostra uma maturidade crescente da população portuguesa.
Olhando para o futuro, quais as tendências que acredita que irão dominar a medicina estética nos próximos 5 a 10 anos?
O futuro será dominado pela integração entre tecnologia e biologia: terapias personalizadas, modulação genética, e protocolos baseados em biomarcadores. A estética deixará de ser apenas reparadora e será também preventiva, regenerativa e funcional, focada em preservar juventude celular e longevidade de forma ética e sustentável. Sempre foi esta a visão da Galerie Clinic e ficamos contentes que o futuro seja nesta direção, mostrando que estamos no caminho certo.
