Loewe
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Querida Loewe, por favor, nunca te esqueças de quem te fez (re)nascer

Mais uma dança de cadeiras. E já podemos dizer que a dinâmica entre o luxo europeu e a vanguarda americana nunca foi tão tensa – e, paradoxalmente, tão excitante.

Jonathan Anderson abandonou a Loewe após 11 anos no leme da Casa espanhola, deixando um legado que redefiniu a identidade da marca. Agora, cabe a Jack McCollough e Lazaro Hernandez, os cofundadores da nova-iorquina Proenza Schouler, ocuparem o lugar na direção criativa, assumindo funções a partir de 7 de abril.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O mundo da moda mal teve tempo de recuperar o fôlego e já se prepara para mais um sismo criativo. Se a Loewe chegou a ser apenas um nome clássico no portfólio da LVMH, Anderson conseguiu transformar num dos epicentros da moda contemporânea, um alicerce do artesanato elevado a fetiche. E esperemos que a Casa espanhola nunca se esqueça de quem a fez (re)nascer...
 

O ANTES

A Casa espanhola não é estranha a revoluções. Jonathan Anderson levou-a do luxo discreto ao status de referência cultural. As peças-esculturas, os volumes impossíveis e a subversão do couro artesanal deram à Loewe uma identidade própria, algo entre o surrealismo de Dalí e a precisão arquitetónica da moda japonesa. Foi Anderson quem transformou a bolsa Puzzle num objeto de desejo, quem fez um simples cachecol bordado com "Loewe" tornar-se viral, quem nos fez querer carregar espargos pela rua, quem tornou a casa em um dos terrenos mais férteis da moda...

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O AGORA

De McCollough e Hernandez podemos esperar um ADN de alfaiataria experimental, uma sensualidade discreta e, claro, a elegância urbana que moldou a estética americana das últimas décadas. Mas será essa uma mudança desejada para o futuro da Loewe, ou sequer necessária?

Se a Loewe de Anderson era uma ode ao design conceptual, o que poderá ser a Loewe dos criativos da Proenza Schouler?

Esta dupla tem um histórico impecável na construção de uma moda elegante e moderna, onde a forma e a praticidade das peças sempre souberam contar uma bonita história de amor. Mas a Loewe não é Nova York. O minimalismo de Proenza conseguirá dialogar com o espírito artesanal e sonhador da Loewe? A nova Era promete ser menos sobre surrealismo e mais sobre pragmatismo – ou, se tudo correr pelo melhor, um híbrido inesperado.

McCollough e Hernandez podem ser os arquitetos de uma Loewe mais americana, mais pragmática, mas não menos influente?

Vamos aguardar por uma nova história de amor, recordando, na galeria de imagens, o que a Casa espanhola foi para nós nos últimos anos. 

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