É a pergunta que todos fazem aos mais novos na escola: ‘o que queres ser quando fores grande?’ Enquanto uns têm a resposta na ponta da língua e sabem que querem ser jogadores de futebol, estrelas de cinema ou influencers, outros ainda estão a tentar perceber o que os apaixona.
Mas no caso de Marta Ortega, se não fossem os negócios do pai, Amancio Ortega, um dos homens mais ricos de Espanha e fundador do Grupo Inditex que inclui marcas como Zara, Massimo Dutti, Bershka ou Pull&Bear, a resposta poderia ter sido cavaleira.
Apaixonada pelo hipismo, teve um percurso exemplar na modalidade, mas sempre soube que uma carreira como cavaleira profissional e a competição em provas não estava nos planos.
Acabou por se formar em negócios na European Business School de Londres e, numa entrevista ao Wall Street Journal, confessou que quando terminou os estudos tornou-se assistente de vendas numa das lojas da Zara, na King’s Road, em Londres.
“Na primeira semana pensei que não ia sobreviver”, recordou. “Mas depois desenvolve-se uma espécie de vício na loja. Algumas pessoas nunca querem sair. É o coração da empresa”, revelou na entrevista.
Aos comandos do Grupo Inditex desde 2022, quando assumiu a liderança criativa, Marta Ortega tenta a todo o custo afastar-se do rótulo de empresa fast fashion e fazer a ponte com o vestuário de luxo, sendo presença assídua nos desfiles de Alta-Costura, apesar de continuar a usar as marcas da casa no dia a dia.
“Sempre disse que ia dedicar a minha vida a expandir o legado dos meus pais, a olhar para o futuro, mas a aprender com o passado”, revelou quando assumiu as rédeas do Grupo Inditex.
Além de ter criado a Atelier, uma coleção com preços mais altos (cerca de €200), também conduziu a empresa a aventurar-se no mercado da roupa em segunda mão, com a plataforma Pre Owned, e apostou nas coleções cápsulas, como a de Narciso Rodriguez, e nem a rainha Letizia ficou indiferente.