Thomas Plantenga, CEO da Vinted | Fotografia: D.R.
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O que esperar do CEO da Vinted na Web Summit?

Thomas Plantenga, CEO da Vinted, vai marcar presença na Web Summit. Sendo a segunda-mão urgente numa indústria tão rápida, o que esperar desta sessão?

Para quem não conhece Thomas Plantenga, é nada mais do que um dos nomes mais importantes no que toca à tecnologia e ao mercado de compra e venda em segunda-mão. Thomas é o atual CEO da Vinted, plataforma co-fundada em 2008 por Milda Mitkutė e Justas Janauskas em Vilnius, na Lituânia, e só chegou ao cargo em 2017, numa fase em que a Vinted não estava num período áureo. Assumiu precisamente o desafio de tornar a plataforma num sucesso, o que se refletiu nos números em 2023, ano em que a Vinted começou, finalmente a dar lucro. 

Thomas Plantenga vai marcar presença esta quinta-feira, 14 de novembro, na Web Summit, para uma talk intitulada "Fazer da segunda mão a primeira escolha", que junta o CEO da Vinted, a editora de compras da Vogue britânica, Joy Montgomery, e a vice-diretora da EQT Growth Advisory e membro do conselho de administração e investidora da Vinted, Carolina Brochado.

O que esperar do CEO da Vinted nesta sessão? 

Para além do que é prometido na apresentação do programa – como é que um marketplace da Lituânia se torna num líder tecnológico europeu rentável ou as vantagens e desafios de construir uma empresa como a Vinted – espera-se que Thomas Plantenga fale sobre aquele que é o mercado atual e o futuro da Vinted. 

Há muito que a plataforma deixou de ser apenas uma forma de vender e comprar roupa em segunda-mão, existem também artigos de eletrónica, livros e brinquedos e mais categorias virão, de acordo com o CEO da Vinted numa entrevista recente. 

"A nossa visão é tornar a segunda mão a primeira escolha... a nível mundial e [para] qualquer tipo de produto que se possa imaginar”, disse. "A longo prazo, tentaremos entrar noutras categorias", afirmou Thomas Plantenga ao Financial Times.

Para além de categorias, cada vez mais pessoas poderão ser atraídas para Vinted pela oportunidade de aceder a artigos exclusivos, como se tem vindo a assistir em Portugal.

Podemos vestir peças que fizeram parte dos looks de Cristina Ferreira, de Kelly Bailey ou de Madalena Abecasis, assim como a peças de marcas com preços acima da média, que em segunda-mão se tornam mais acessíveis com a mesma qualidade (mediante uma pesquisa afinada).

Por outro lado, existe uma abundante e contínua procura por peças de marcas de fast fashion à venda por meia dúzia de euros, o que ajuda a promover a economia circular, ponto sobre o qual a editora de compras da Vogue britânica terá muito a acrescentar por conhecer bem a indústria da moda e a forma como produz ao mesmo ritmo frenético da procura atual. 

Seja pelas marca de luxo ou fast fashion, o objetivo do CEO é que a Vinted seja efetivamente sempre a primeira escolha e para isso são precisos progressos. Mais precisamente, na segurança e autenticidade no momento da compra e no sucesso das entregas – mais dois temas que esperemos que Thomas Plantenga leve para a Web Summit.

Sobre este útlimo ponto, há relatos de quem envie as encomendas em caixas de cereais, em tote bags ou até em panos velhos, além de alguns produtos acabarem trocados no ato de entrega, segundo queixas de alguns utilizadores na página de Facebook Vinted Portugal, o que poderá levar o CEO da plataforma a procurar regulamentar algumas operações.

O tema foi iniciado na entrevista ao Financial Times, na qual Thomas Plantenga referiu que a Vinted pretende concentrar-se em áreas “pouco sensuais”, como a eficiência dos envios e dos pagamentos, bem como os controlos de qualidade, e poderá continuar na sessão em Lisboa desta quinta-feira. 

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