A Inditex, dona da Zara e a maior retalhista de moda do mundo, registou um lucro líquido recorde no primeiro semestre do ano, anunciou o grupo na passada quarta-feira, apesar do crescimento mais lento nas vendas.
O grupo galego revelou que o seu lucro aumentou 10%, o que se traduz em 2,8 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano fiscal que terminou a 31 de julho. “Os nossos resultados sólidos são impulsionados pelo design e pela qualidade das nossas propostas de moda, bem como pela experiência que oferecemos aos nossos clientes. Além disso, a eficiência operacional e o foco crescente na sustentabilidade são fatores-chave,” disse o CEO da Inditex, Óscar García Maceiras, em comunicado.
As vendas da dona da Zara subiram 7,2%, traduzindo-se numa receita de 18,1 mil milhões de euros, um valor inferior aos 13,5% registado no período homólogo de 2023, mas este desaceleramento já tinha sido previsto por especialistas do setor. A Inditex pode, na verdade, ter conseguido estabelecer-se no mercado como detentora de marcas que apelam a um tipo de consumidor mais abastado, ao afastar-se dos grandes descontos que em tempos foram prática comum em marcas como a Zara e a decidir aumentar os preços de alguns dos seus artigos.
Em março, as ações da Inditex atingiram um recorde histórico, impulsionadas pelo otimismo em torno das vendas de primavera e pelo bom desempenho em 2023, o que fez com que a empresa espanhola conseguisse superar os resultados em bolsa da concorrente sueca H&M.
A Inditex está a planear introduzir compras através de livestream nos Estados Unidos e no Reino Unido, após lançar com sucesso este formato na China. No ano passado, expandiu também a sua plataforma de revenda de roupa em segunda mão para vários países europeus.