O verão está a aproximar-se e só pensamos nas praias que queremos visitar e nos looks, sandálias e biquínis que queremos na nossa wishlist para quando os dias mais quentes chegarem. E foi numa dessas pesquisas que descobrimos um dos novos modelos da Zara e que nos fez chegar à conclusão que, de facto, biquínis como este deviam mesmo voltar a ser proibidos. Sim, leste bem.
Dizemos voltar porque, por mais estranho que pareça, houve uma altura em que usar biquíni era um escândalo e legalmente punido. O corpo da mulher nunca tinha sido tão exposto numa peça de roupa — o umbigo era, até então, para ser escondido. Mas Louis Réard, engenheiro e designer, não ignorou o que via nas praias francesas: muitas mulheres dobravam, discretamente, o tecido dos fatos de banho para conseguirem bronzear a barriga. E decidiu criar algo novo no mercado.
O modelo que apresentou em 1946 era considerado reduzido demais para a época. Foi feito com tecido estampado com recortes de jornal e, quando nenhuma modelo profissional aceitou usá-lo, foi Micheline Bernardini, bailarina de 19 anos no Casino de Paris, quem vestiu o biquíni pela primeira vez — na famosa Piscine Molitor, em Paris. O Vaticano viria a apelidar a peça de “atentado à moral”. Poucas ousaram usá-lo, mas o cinema acabou por ajudar: estrelas como Brigitte Bardot lderam-lhe palco mundial e o biquíni tornou-se, com o tempo, um símbolo de liberdade feminina.
Décadas depois, há peças tão bem conseguidas, tão tendência, tão impactantes… que, por não lhes conseguirmos resistir, bem podiam voltar a ser “ilegais”. E este biquíni da Zara é um desses casos, é (i)legalmente apaixonante.
Primeiro, pela cor. Um tom escuro, sofisticado, muito próximo do mocha mousse, a cor eleita pela Pantone para 2025. Apesar de o verão pedir cores vibrantes, este tom acastanhado promete atravessar estações e manter-se intemporal.
Depois, pelos detalhes. O modelo é adornado com grandes medalhas douradas que ligam o tecido do peito às alças, como se um colar estivesse a segurar o biquíni. Tendo em conta que 2025 é o ano dos grandes acessórios, este detalhe maximalista casa com uma das maiores tendências do ano: peças com impacto visual e o lema "mais é mais".
A Zara tem outros modelos que também merecem destaque, dos tons pastel aos padrões irreverentes (desde tomates, malaguetas e flores tropicais). Mas este destaca-se. É tendência, é elegante e inesperado. E é por isso que dizemos: devia mesmo voltar a ser ilegal.
Na galeria de imagens deixamos este e outros modelos para que entendas o poder da lei da atração.